Campanha de doação de sangue da Santa Casa de Penedo é realizada com sucesso

A campanha de doação de sangue promovida pela Santa Casa de Misericórdia de Penedo nesta terça-feira, 11, levou centenas de pessoas ao pátio da maternidade da instituição. Somente na manhã da última terça, mais de 100 cadastros foram registrados, com pelo menos 40 coletas de sangue realizadas.

O número de cadastros não é igual ao de doações porque os interessados são avaliados depois de informar os dados pessoais. A primeira triagem verifica altura, peso e se a pessoa está anêmica. A próxima avaliação se dá por meio de entrevista realizada por médico, profissional que decidirá quem se mostra apto ou não para doar sangue.

Entre os aprovados estava Jeferson dos Santos Francelino, 19 anos, um dos dezoito soldados do Tiro de Guerra de Penedo que se apresentaram para a ação solidária. Jeferson contou que era a primeira vez que doava sangue, colaboração que faria independentemente da mobilização realizada na unidade militar e que também ocorreu na agência da Capitania dos Portos.

Todas as pessoas devem doar sangue

“Eu acho que todas as pessoas em condições de doar sangue devem fazer isso. Além de você se sentir bem porque está ajudando alguém, mesmo sem saber quem é, ninguém precisa esperar que um parente ou amigo sofra um acidente para fazer a doação”, disse o soldado do TG, assegurando que passará a ser doador regular.

Jeferson Francelino está disposto a seguir o exemplo do funcionário público José Carlos dos Santos, 54 anos. Residente em Piaçabuçu, município vizinho de Penedo, ele soube da campanha pelo rádio e não pensou duas vezes em sair de sua casa para participar, mais uma vez, do ato de amor ao próximo.

Doadores regulares

“Eu sou doador há mais de vinte anos, já doei sangue em Coruripe, Maceió, Arapiraca e Aracaju”, afirmou José Carlos enquanto fazia o lanche oferecido aos que já haviam doado sangue. Maria das Graças Soares Santos e Stephany Kelle Costa também estenderam o braço para a coleta, o que fazem de forma regular por motivo parecido.

A mãe de Stephany teve câncer, doença cujo tratamento foi acompanhado de perto pela filha que passou a doar sangue depois que a mãe faleceu há 4 anos. “Ela era cadeirante, então eu não podia doar quando estava com ela porque o doador não pode fazer esforço”, revela a integrante de uma família com predominância de sangue tipo O+.

Maria das Graças também é O positivo e tornou-se doadora regular há cinco anos, durante uma campanha que tentava encontrar doador compatível para uma criança portadora de leucemia. Ela e as outras mulheres podem doar sangue a cada três meses, enquanto que os homens a cada dois meses, hábito que pode salvar muitas vidas.

Solidariedade e caridade também estão presente no dia a dia da Santa Casa de Penedo, virtudes partilhadas com o Hemoar – que mais uma vez volta para Arapiraca com bastante material coletado em Penedo – e a Secretaria Municipal de Saúde, outra parceira do Jubileu alusivo aos 250 anos da Santa Casa de Misericórdia de Penedo.

 

Texto e fotos Fernando Vinícius – jornalista MTB 837/AL