População invade Câmara, tumultua sessão e vereador chama manifestante de ‘elemento’


    Presidente da Câmara solicitou que PM retirasse manifestante que usava chinelo de dedo Foto: Gesiane Medeiros

    Os ladarenses invadiram a Câmara Municipal pedindo o fim do processo movido pelo legislativo contra o prefeito Carlos Ruso (PSDB). Os moradores seguravam cartazes de protestos e gritavam palavras de ordens. Foi necessária a intervenção da Polícia Militar para acalmar os ânimos, após um manifestante ser chamado de “elemento” pelo presidente da Casa de Leis, Fábio Peixoto de Araújo Gomes.

    A Sessão Ordinária iniciou com atraso e tumultuada, às 19h desta segunda-feira (11), e teve fim logo após a leitura da ata. Os protestantes, maioria servidores municipais, solicitaram que o processo movido pela Câmara para investigar Carlos Ruso de suporta prática de nepotismo seja encerrado. Ruso está sendo investigado após um morador protocolar na Casa de Leis a denúncia de que o prefeito estaria infringindo a Súmula Vinculante, que aborda a prática de nepotismo. Ele acusa o parlamentar de ter parentesco com  Antoninha Guimarães, diretora-presidente da Fundação de Cultura e Rodrigo Arruda, chefe da assessoria de comunicação da prefeitura, ambos já exonerados.

    Visivelmente alterado, o presidente da Câmara, Fábio Peixoto de Araújo Gomes (PTB), pediu para que um servidor municipal se retirasse do local por entender que o cidadão estava com vestimenta inadequada, no caso bermuda e chinelo de dedo. A Polícia Militar foi chamada para dialogar com o servidor, que se negou a sair da Câmara alegando que os vereadores igualmente estavam infringindo o regimento interno, uma vez que não vestiam terno e gravata. 

    Após o tumulto, os vereadores não aguentaram a pressão popular e encerraram a sessão antes do previsto. O presidente, fora do controle, chegou a dialogar com o manifestante de bermuda, referindo-se a ele como “elemento”. Fábio além disso ameaçou os demais servidores e afirmou que iria abrir um boletim de ocorrência contra quem tumultuasse o local.

    Os vereadores saíram rapidamente da Câmara e, na porta,  Peixoto continuou as agressões verbais contra os populares que gritavam em coro: “vergonha, casa sem vergonha”, se referindo à atuação dos edis, que ‘não estariam deixando Carlos Ruso trabalhar pelo município’.

    Carlos Ruso poderá ter o mandato cassado caso o presidente da Casa de Leis assim entender necessário, quando concluir o julgamento. 


    Fonte: Topmidianews.com.br