Reunião com gestores municipais discutiu situação nas cidades. Na ocasião, também foram debatido os cortes previstos pelo governo federal para 2018, o que complica ainda mais a situação.

or conta da falta de dinheiro nos cofres das prefeituras, gestores de municípios de Alagoas preveem a demissão de vários servidores comissionados até o fim deste ano. A informação foi passada nesta sexta-feira (6), durante uma reunião na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), no bairro do Farol, em Maceió.

Na oportunidade foi discutida uma análise do orçamento feito pelo Governo Federal, onde estão previstos vários cortes para o ano de 2018. Para os gestores, esse é outro fator que pode complicar os orçamentos municipais.

“A situação é preocupante. Todos os municípios estão sofrendo. Temos obras paradas em todos os cantos. Estamos bancando todos os serviços básicos dos municípios. As demissões são inevitáveis”, disse Hugo Wanderley (PMDB), presidente da AMA e também prefeito de Cacimbinhas, .

Segundo Wanderley, o orçamento para 2018, que ainda deve passar por aprovação no Congresso Federal, aponta reduções de 42% na educação básica, 32% na educação superior, 57% na agricultura, 65% no esporte, 69% no turismo, 14% na saúde, 97% na assistência social e 54% na segurança.

“O governo federal vem sufocando cada dia mais os municípios, com atrasos em verbas para manter os programas criados por ele mesmo. Estamos pagando a nossa conta e a conta deles. Eles fazem o projeto, mas nós é que terminamos pagando por eles. Para piorar mais ainda pro próximo ano, nós recebemos uma análise do orçamento enviado pelo governo federal em que se aponta o cenário de um verdadeiro holocausto aqui no Brasil”, relata Hugo Wanderley.

O prefeito de Murici, Olavo Neto (PMDB), relata que até outubro, já foram demitidas mais de mil pessoas na cidade. “Só em Delmiro Gouveia foram demitidas mil pessoas, União demitiu 600, Branquinha 250, e como a tendência é piorar, até fim do ano prevemos muito mais”, disse.

Ainda segundo o presidente da AMA, os recursos enviados pelo Governo Federal não cobrem os gastos das prefeituras.

Hugo Wanderley mostrou em reunião os cortes previstos para 2018 (Foto: Suely Melo/G1)

Hugo Wanderley mostrou em reunião os cortes previstos para 2018 (Foto: Suely Melo/G1)

G1