Escavações em Penedo descobre prisão eclesiástica e sistema de saneamento do século XVI

Além de uma estrutura abaixo do claustro dos frades, arqueólogos descobrem uma prisão eclesiástica e um engenhoso sistema de saneamento. Foto: Gazeta de Alagoas
Além de uma estrutura abaixo do claustro dos frades, arqueólogos descobrem uma prisão eclesiástica e um engenhoso sistema de saneamento. Foto: Gazeta de Alagoas

Importantes revelações da área de arquelogia foram descobertas na cidade de Penedo através de escavações no Convento Franciscano de Penedo.

A obra que está em andamento nas instalações da Igreja e Convento de Santa Maria dos Anjos trouxe descobertas arqueológicas que remontam ao período de transição entre os recônditos anos de 1500 e 1600. Escavações iniciadas em setembro último revelaram uma estrutura abaixo do claustro dos frades, que deve ter sido construída bem antes da chegada dos franciscanos a Penedo, em 1659. “Encontramos vários bloquinhos de pedra e restos alimentares, numa estrutura que acreditamos ter sido feita no final do século XVI”, informa a arqueóloga Danúbia Moraes.

A partir de um porão que servia como armazém da cozinha, veio mais dois achados extraordinários: uma prisão eclesiástica e um engenhoso sistema de saneamento que utilizava água da chuva. A equipe do Núcleo de Ensino e Pesquisa Arqueológica (Nepa) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) entrou em ação no projeto de restauração do convento, depois que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) identificou a necessidade de mudar os banheiros, a cozinha e a lavanderia de lugar.
O projeto do Iphan já está em sua 6ª etapa, passando pela reforma completa de parte elétrica, coberta, infraestrutura, restauração da nave principal, de altares, de elementos integrados e recuperação de todo acervo artístico, como imagens e pinturas. Segundo o gestor de convênios do Instituto, Sandro Gama, esta fase inclui “a restauração de pisos, rebocos e demolição de elementos arquitetônicos espúrios, como uma lavanderia e um conjunto de banheiros que havia anexo ao prédio do convento”. Era preciso escavar para construí-los em outro lugar.

Com Gazeta de Alagoas