O protesto de uma jovem em uma rede social contra o cristianismo deu o que falar nesta sexta-feira (13). Ela foi em um ponto turístico de Corumbá onde estão várias obras religiosas, local conhecido como via sacra. No Facebook, a internauta postou fotos profanando as esculturas.
Segundo o site Capital do Pantanal, as obras mostram a trajetória da crucificação de Jesus e a jovem pisou na estátua, dizendo que não é obrigada a acreditar e fazendo gestos com os dedos. A postagem gerou uma onda de revolta entre os corumbaenses, cujos comentários contra a internauta, lotaram as páginas da rede social nesta manhã de sábado (14), se tornando o assunto do dia da cidade e abrindo discussões sobre o tema: intolerância religiosa.
Para o historiador e professor Sandro Assef, o caso é uma falta de educação e respeito. “Acredito que é falta de cultura, humanidade, cidadania. O Estado é laico, porém esse tipo de atitude não é protesto e muito menos arte. Mas, sim um crime contra o patrimônio público, logo, de todos. Espero que alguma autoridade veja e tome alguma medida cabível”, comentou em sua página pessoal.
O delegado de Polícia Civil Rodrigo Blonkowisk disse que já esta registrando um boletim de ocorrência e, apesar de se tratar de delito de menor potencial ofensivo, deve ser feito um TCO (Termo Circunstanciado de ocorrência), pelo crime tipificado no artigo 208 do Código Penal Brasileiro, “Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa”.
Intolerância religiosa é um termo que descreve a atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças ou crenças religiosas de terceiros. Pode-se constituir uma intolerância ideológica ou política, sendo que, ambas têm sido comuns através da história. A maioria dos grupos religiosos já passou por tal situação. Floresce devido à ausência de tolerância religiosa, liberdade de religião e pluralismo religioso.
Fonte: Topmidianews.com.br