Após um bebê de 10 meses ser internado às pressas no Hospital Universitário (HU) de Campo Grande com quadro de leishmaniose visceral grave, a população deve ficar atenta aos sintomas visíveis da doença, transmitida pelo mosquito-palha. De acordo com estudos, muitos sintomas podem ser percebidos a olho nu como ferimentos pelo corpo dos pets e perda de peso.
Um boletim divulgado pelo SES (Secretaria de Estado de Saúde) confirma que 1.605 casos foram registrados nos últimos sete anos em Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, foram registrados 906 casos de infecção e 112 pessoas morreram no Estado. Em 2018, a secretaria já possui o registro de 125 novos casos em MS.
A leishmaniose visceral provoca igualmente a descamação na pele. Vale destacar que a doença não é contagiosa e nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra ou de um animal para outro, muito menos dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita acontece apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.
Tratamento
Estudos comprovam que nenhuma vacina contra a doença foi desenvolvida até o momento. A leishmaniose visceral não oferece cura aos animais, apenas aos seres humanos. de acordo com o doutor Drauzio Varella, ‘os antimoniais pentavalentes, por via endovenosa, são as drogas mais indicadas para o tratamento da leishmaniose, apesar dos efeitos colaterais adversos’.
A anfotericina B, cujo inconveniente maior é o alto preço do medicamento é a segunda opção para os diagnosticados. Uma nova droga, a miltefosina, por via oral, tem-se mostrado eficaz no tratamento dessa moléstia.
de acordo com Drauzio, a regressão dos sintomas é sinal de que a doença foi pelo menos controlada, uma vez que pode recidivar até seis meses depois de terminado o tratamento.
Fonte: Topmidianews.com.br