Denúncia foi feita em programa de rádio e órgão municipal agiu rapidamente

Em entrevista na manhã desta quinta-feira (15) no programa Penedo Real, rádio Francês FM 106.3Mhz, os membros da FPI, André Sandes e Alberto Santana, decorriam sobre a ação da 8ª edição da Fiscalização Preventiva Integrada em sete cidades situadas no Baixo São Francisco.

Um assunto que chamou bastante atenção dos ouvintes foi sobre a venda de queijo coalho na cidade. O Fiscal Agropecuário na Adeal e Médico Veterinário, André Sandes, Coordenador da Equipe de Produtos de Origem Animal, afirmou que constatou pelo menos duas bancas em pontos diferentes da cidade que vendiam queijo clandestino, ou seja, sem certificação de procedência. Sandes alertou que o consumidor deve verificar no ato da compra do queijo coalho se o mesmo possui furinhos (olhaduras). Se eles possuírem, é praticamente certo que o queijo está contaminado por coliformes fecais.

Após a fala do fiscal da Adeal, muita gente ficou abismada com a afirmação, pois desconheciam totalmente essa informação sobre um dos queijos mais consumidos do Nordeste Brasileiro e consequentemente pela população de Penedo.

Um ouvinte questionou o motivo da FPI não fiscalizar estes vendedores e os membros do programa de fiscalização trataram de explicar que essa jurisdição seria do município, mais precisamente da Vigilância Sanitária.

Vigilância Sanitária fazendo autuação na parte alta de Penedo. Foto: Boa Informação

No final da tarde desta quinta-feira, já era visível a ação dos técnicos da Vigilância Sanitária de Penedo. Em contato com o Coordenador, Ângelo Mendes, a reportagem do site Boa Informação obteve o conhecimento que três pontos foram autuadas por venda de queijo clandestino na cidade de Penedo. Um na esquina do Mercado da Feirinha (Parte Alta); Outro em frente ao Supermercado Super 15, um deles também comercializa produtos em frente ao Banco do Brasil. Segundo o coordenador da Vigilância Sanitária, os produtos foram inutilizados.

“Caso eles voltem a comercializar, iremos fazer novas apreensões. Além disso vamos intensificar as ações nos supermercados e no Pavilhão da Farinha afim de coibir o comércio de queijo clandestino” disse Ângelo Mendes.

Origem das olhaduras

Muitos consumidores acham que quanto mais furinhos mais gostoso o queijo é. Os furinhos são chamados de olhaduras e podem ser de duas origens: no momento da enformagem do queijo durante a produção, é importante ressaltar que em alguns queijos os furinhos são desejáveis, ou podem ser oriundos de bactérias do tipo coliformes, que provocam diarreia e infecção.

 Coliformes fecais
As bactérias do grupo coliforme são consideradas como principais agentes contaminantes associados à deterioração de queijos, causando fermentações anormais e estufamento precoce dos produtos. As bactérias do grupo coliforme fecais são encontradas no trato intestinal do homem e de mamíferos, sendo incapazes de persistir por longo tempo em outros ambientes que não as fezes.5
Os coliformes representados pelos gêneros Escherichia, Enterobacter, Klebsiella, Serratia, Hafnia e Citrobacter, fermentadores de lactose da família Enterobacteriaceae são frequentemente utilizados como indicadores higiênico-sanitários, em controle de qualidade de água e alimentos.
DA REDAÇÃO DO BOA INFORMAÇÃO