Inquérito sobre homicídio de Roberta Dias é concluído e encaminhado à Justiça

Comissão de delegados encaminhou inquérito ao judiciário na última sexta-feira (1º), segundo o delegado-geral, Paulo Cerqueira. Não foi divulgada informação sobre indiciados.

Polícia Civil concluiu encaminhou à Justiça o inquérito sobre o homicídio da jovem Roberta Dias, que desapareceu em Penedo em 2012, quando estava grávida. A informação foi dada nesta segunda-feira (4) pelo delegado-geral Paulo Carqueira, antes da solenidade de entrega do Batalhão de Polícia da Radiopatrulha (BPRp) Capitão Rodrigo Moreira Rodrigues, em Maceió.

O prazo para a conclusão do inquérito acabou no último dia 30 de maio e o inquérito, segundo o delegado, foi entregue na sexta-feira (1º).

“Na sexta-feira, a comissão de delegados se reuniu e encaminhou o inquérito ao Poder Judiciário, à comarca de Penedo. Sobre os indiciados, não há como passar detalhes porque o inquérito corre em segredo de Justiça, então agora quem pode falar sobre ele é o Ministério Público e o magistrado”, afirmou Cerqueira.

Em nota, o MP informou que o caso foi enviado ao promotor de justiça Sintael Lemos.

No texto, o órgão diz ainda que o inquérito foi encaminhado nesta segunda ao cartório do Tribunal de Justiça que, por sua vez, o remeteu ao MP, e que o promotor só vai se pronunciar sobre o caso depois de analisar o inquérito.

Também em nota, o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol-AL) informou que nenhum dos três policiais que haviam sido presos por suspeita de envolvimento no caso foi indiciado.

Em maio, o G1 teve acesso a um laudo pericial produzido pela Polícia Federal de uma conversa gravada em áudio em quem um homem admite que ajudou o pai do filho de Roberta a assassiná-la. Esse documento estava em posse dos delegados há anos, mas o caso seguia aberto.

Depois disso, o sindicato protocolou um pedido para que uma nova comissão de delegados fosse formada para investigar a morte da jovem, mas o pedido foi negado pela Delegacia-Geral.

No áudio, Karlo Bruno Pereira Tavares conversa com um amigo por telefone. “Matei por uma bosta, por uma besteira”, dizia ele. Ele conversa durante 43 minutos com esse amigo sobre o homicídio e dá detalhes do motivo e de como tudo aconteceu.

Karlo Bruno ainda conta que ajudou Saulo, ex-namorado de Roberta, a matá-la porque ela esperava um filho dele. Segundo ele, Saulo não queria a criança e temia a reação do pai quando soubesse da gravidez.

A mãe do Saulo, Mary Jane Araújo dos Santos, ficou presa 61 dias sob suspeita de ser a mandante, mas foi libertada com o fim do prazo da prisão temporária. Na conversa gravada, Bruno diz que ela não teve participação no crime e que mesmo assim, Saulo não confessou.

Além de Mary Jane, foram presos pelo crime dois policiais civis e outras duas pessoas identificadas apenas como “Dido Som” e “Neguinho do Pedro Melo”. Eles não são citados na conversa gravada.

Fonte: G1/Al