Residências fechadas em habitacionais já inaugurados e a ocupação de imóveis por pessoas que não receberam as chaves como legítimas beneficiadas. As irregularidades observadas em Penedo em investimentos do Minha Casa, Minha Vida serão repassadas ao Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

 

A informação sobre o encaminhamento do que há de errado no programa que criou um dos maiores bairros de Penedo, batizado com o nome do ex-prefeito Raimundo Marinho, foi divulgada nesta quinta-feira, 16, pelo procurador geral do município, Francisco Sousa Guerra, o Dr. Tico.

Questionado na rádio Penedo FM sobre o resultado da investigação aberta em 2017 por determinação da própria gestão municipal, o procurador informou que um levantamento realizado pela secretaria de Assistência Social detectou cerca de 400 situações irregulares nos conjuntos vistoriados.

Para confrontar os dados da investigação feita pela prefeitura com a relação de mutuários, a Procuradoria solicitou as listas dos beneficiários, tanto da Caixa Econômica Federal quanto do Banco do Brasil. Contudo, as instituições financeiras não deram o devido retorno aos ofícios encaminhados, segundo declarou Tico Guerra durante entrevista à radialista Martha Mártyres.

Sem as informações das entidades que têm contrato com os mutuários, a Prefeitura de Penedo decidiu apelar para os ministérios públicos e novamente às entidades financeiras para que o programa de moradia popular criado pelo presidente Lula cumpra sua função: viabilizar moradia para famílias de baixa renda que pagam pela casa própria ao invés de pagar aluguel.