MPE denuncia duas pessoas relacionadas com a morte de Roberta Dias

Duas pessoas relacionadas com o caso Roberta Dias foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) nesta terça-feira, 07 de junho. Os nomes relacionados no processo encaminhado à Justiça pelo promotor Sitael Jones Lemos são de Karlo Bruno Pereira Tavares, 24 anos, e Mary Jane Araújo Santos, 51 anos.

Karlo Bruno é apontado como um dos autores materiais do crime cometido em abril de 2012, quando a estudantes estava gestante. Mary Jane é mãe do namorado de Roberta Dias, um adolescente que também teria participação direta no desaparecimento da vítima cujo corpo ainda não foi localizado.

Segundo a denúncia encaminhada à Justiça, Karlo Bruno e Mary Jane poderão responder por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto provocado por terceiro.

De acordo o site Aqui Acontece, o promotor de Justiça Sitael Lemos relata que “Karlo Bruno na companhia do namorado da vítima investiram contra a jovem gestante Roberta Costa Dias com o nítido propósito de subtrair-lhe a vida e provocar o abordo do seu nascituro, à época com três meses, para tanto capturando-a para leva-la a um local deserto, onde a vítima indefesa foi asfixiada com o emprego de um fio de extensão de som automotivo, vindo os homicidas a ocultar seu corpo em cova ainda não localizada”.

Mary Jane Araújo Santos é apresentada na denúncia do MPE como “mentora e financiadora da empreitada criminosa”.

O promotor descreve ainda que Roberta Dias recebeu mensagens em seu celular enviadas pelo então namorado na data do desaparecimento da estudante que concordou encontrar com o filho de Mary Jane nas imediações da Praça de Santa Luzia, em Penedo.

Insta salientar que durante a extensa investigação policial foram concedidas por este juízo várias quebras de sigilo telefônico e extratos reversos, sendo possível verificar as diversas contradições das versões apresentadas por mãe e filho, principalmente quanto a dinâmica dos fatos e circunstâncias que antecederam o momento da subtração da jovem grávida, assim como os deslocamentos efetuados pela denunciada no período noturno após o desaparecimento da vítima indefesa”, descreve o representante do MP no documento.