Jovem se passava por outra pessoa na internet.

Perfil falso nas redes sociais foi usado para enganar outras pessoas

Um jovem de apenas 17 anos de idade foi apreendido neste domingo, 14 de outubro, na cidade penedense por se fazer passar por um policial da cidade de Penedo nas redes sociais. O PM do 11º BPM, Aírton Reis, começou a investigar o perfil após pessoas encontrarem suas fotos em outra conta no Facebook.

Segundo relatos da vítima, sempre que postava uma foto nos stories do Instagram o adolescente tirava um “print” da imagem e enviava para outras pessoas, fazendo se passar pelo soldado. Desconfiado por já o alertarem que exista uma outra pessoa se fazendo passar por ele, o pm então resolveu fazer um teste. Ele foi a Maceió e tirou uma foto de lá, e em seguida fez um procedimento para que o provável suspeito confirmasse que tinha visto a foto do soldado. Com a confirmação disto, ele foi analisando a lista de pessoas que tinham visualizado sua foto nas stories, cerca de 80, e foi destacando prováveis suspeitos chegando até o número de 7. A partir daí o policial investigou em redes sociais essas 7 pessoas, e chegou até o perfil deste adolescente que possuía amizade social de cinco mulheres, justamente essas cinco que tinham relatado ao soldado de ter encontrado este perfil falso.

Após isso, ele conseguiu o endereço do indivíduo que reside no Conjunto Madre Espírito Santo e se deslocou até a residência do próprio para tomar as medidas cabíveis. Perguntado sobre o motivo de ter se passado pelo soldado, o mesmo disse que não tinha uma causa especial para ter feito tudo isso.

Como o cidadão que praticou essa ação é menor de idade, os responsáveis deverão assinar um boletim de ocorrência circunstanciado. O aparelho celular também foi apreendido e na terça-feira o mesmo deverá ser ouvido por agentes da delegacia regional.

ENTENDA

O ato de incorporar a personalidade de outras pessoas e manifestar em nome de outrem, inserindo declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante é crime de falsidade ideológica.

É importante registrar que sempre há um limite entre a diversão e o abuso. Quem opta por criar perfis fakes nas redes sociais para buscar o anonimato tecnológico pode ultrapassar o limite e cometer crimes contra a honra tais como calúnia, difamação e injúria. A mesma prática pode incorrer também em crime de falsa identidade quando atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem. Além disso, poderá incidir a repercussão cível em que a pessoa lesada poderá requerer ressarcimento em danos morais pelo dano causado.