Na apresentação do laudo sobre o bairro Pinheiro, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmou a relação de extração de sal com instabilidades no Pinheiro.
O relatório foi conclusivo e apontou que está ocorrendo a desestabilização das cavidades provenientes da extração de sal-gema, provocando halocinese (movimentação do sal), e criando uma situação dinâmica com reativação de estruturas geológicas antigas, subsidência (afundamento) do terreno e deformações rúpteis na superfície (trincas no solo e nas edificações) em parte dos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro.
Devido ao laudo, o Procurador-Geral de Justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça, falou através de entrevista que este laudo só reitera o pedido do MPE/AL.
“O Ministério Público estava certo! A Defensoria Pública estava certa, nós impetramos uma ação em prol da população pelo um bloqueio de 6.709.000.00 demonstrando lá atrás que estávamos corretos em nossa análise. Mais do que nunca precisamos desse bloqueio integral para que a população seja reparada nesses graves danos causados a ela.” disse Alfredo Gaspar de Mendonça.
O MPE/AL e a Defensoria Pública vão ratificar o pedido para que o recurso interposto, relativo aquela ação ajuizada em conjunto pelos dois órgãos – dos R$ 6,7 bilhões – , seja julgado com a urgência que o caso requer.
Alfredo Gaspar esteve presente nessa reunião, junto com outros promotores que integram a força-tarefa do Pinheiro: José Antônio Malta Marques, Adriano Jorge Correia, Max Martins, Jomar Amorim e Jorge Dória.
LAUDO
De acordo com o documento, os danos em superfície são agravados pelos efeitos erosivos provocados pelo aumento da infiltração da água de chuva em fraturas/falhas preexistentes, bem como por novas fraturas produzidas pela subsidência. Este processo erosivo é acelerado pela existência de áreas de alagamento e a falta de uma rede de drenagem pluvial e de saneamento básico adequados.
Com informações do TNH1