No início desta tarde noticiamos uma residência em Penedo que foi alvo de pichação por parte de alguns manifestantes que saíram em passeata contra o contingenciamento imposto pelo governo federal na educação.
Após repercussão da matéria e também do post no instagram do filho do proprietário da residência, alguns que cometeram este ato de vandalismo se identificaram e também representantes do IFAL se prontificaram em resolver toda a questão.
Depois de uma reunião realizada na instituição, ficou decidido que os envolvidos neste ato iriam reverter toda a ação causada contra o patrimônio privado. Neste finalzinho da tarde, os envolvidos nas pichações da residência retornaram o local e com um balde de tinta removeram frases de efeitos como o de “Lula Livre”, na casa localizada na parte alta de Penedo
Em contato com o filho do proprietário da casa, ele alegou que o diretor do IFAL Penedo esclareceu que em nenhum momento fez parte deste ato de pichação. O mesmo identificou três estudantes, sendo um da UFAL e outras duas pessoas do IFAL.
Entramos em contato com o IFAL Penedo e o mesmo relatou que hoje ou amanhã irá emitir um posicionamento oficial sobre todo o ocorrido.
Independente de qualquer posição ideológica, pichar é crime. No Brasil, a pichação é considerada vandalismo e crime ambiental, nos termos do artigo 65 da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), que estipula pena de detenção de 03 meses a 01 ano, e multa, para quem pichar, grafitar ou por qualquer meio conspurcar edificação ou monumento urbano.
Atualizada 16 de maio às 09h12
Nota de esclarecimento sobre mobilização em defesa da Educação Pública
A respeito da MOBILIZAÇÃO EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA, ocorrida na última quarta-feira (15), em Penedo, e da pichação do muro de uma propriedade privada por parte de estudantes que participavam da passeata, a Direção-Geral do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) – Campus Penedo vem a público esclarecer que:
– A mobilização resultou da livre articulação entre alunas/os e pessoas que trabalham no campus, que se uniram a estudantes e servidoras/es da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), NÃO CONSTITUINDO, portanto, uma ação institucional do Ifal Penedo.
– Tratou-se de um ato público, organizado por entidades de representação estudantil e pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Educação Básica e Profissional no Estado de Alagoas (Sintietfal), com a adesão de mães e pais das/os alunas/os e representantes de escolas públicas municipais e estaduais.
– A pauta da mobilização foi o bloqueio no orçamento da Rede Federal de Educação, que compromete as atividades dos institutos e das universidades de todo o país. No Ifal e na Ufal, esse bloqueio chega a quase 37%, impactando o pleno funcionamento dessas instituições até o final de 2019.
– Durante a passeata organizada, chegou ao nosso conhecimento que estudantes do Ifal e da Ufal picharam o muro de uma propriedade privada. Ressaltamos que NÃO CONCORDAMOS com este tipo de ato e que a atitude foi ISOLADA, não devendo caracterizar o clima pacífico da mobilização, cuja pauta de estudantes e servidoras/es foi a defesa da Educação pública, gratuita e de qualidade. Inclusive, assim que foram vistos cometendo o ato, as outras pessoas que participavam da mobilização os repreenderam, fazendo-os parar.
– Logo após a pichação, a professora Maira Egito, que também participava da mobilização e atualmente integra a equipe diretiva do Ifal Penedo como chefe do Departamento Acadêmico, foi procurada pelo filho do dono do muro, senhor Jeverson Carvalho de Souza. Como ainda acontecia a passeata, ela o convidou para dialogar no campus, em momento posterior, a fim de esclarecer os fatos e resolver o problema.
– O diálogo aconteceu no mesmo dia à tarde, entre Maira Egito, representando a equipe diretiva do Ifal Penedo, Pablo Pinheiro, presidente do Diretório Municipal do Sintietfal, Alexandre Oliveira, coordenador da Ufal em Penedo, e o senhor Jeverson Carvalho de Souza.
– Os estudantes envolvidos reconheceram o erro e, orientados pela Direção-Geral do Ifal Penedo, na mesma tarde, repararam o dano pintando o muro pichado. A ação reparadora foi acompanhada pelo filho do dono do muro e pelo próprio diretor do campus, Felipe Thiago de Souza, que havia chegado de uma reunião na Reitoria, em Maceió, sobre a situação do Ifal após o bloqueio no orçamento.
– Mais uma vez, lamentamos o ato de pichação e, de forma solidária, responsabilizamo-nos pelo ocorrido, pedindo desculpas ao dono da propriedade e à sociedade penedense. Somos uma instituição de ensino que atua há quase 10 anos em Penedo, com o compromisso de oferecer educação profissional pública, gratuita e de qualidade à população das zonas urbana e rural. Temos orgulho da instituição que somos e esperamos que fatos isolados como este não comprometam nossa colaboração ao desenvolvimento social e científico da região.
A DIREÇÃO-GERAL