Alagoas registra 8ª morte por H1N1

Casos vem preocupando cada vez mais a sociedade alagoana

Uma criança de apenas quatro anos foi a oitava vítima da gripe H1N1 em Alagoas somente este ano. Hilary Sofia estava internada há 10 dias no Hospital Geral do Estado (HGE), quando teve o quadro agravado pela doença e morreu nessa terça-feira (11). Segundo a família, a menina tinha se vacinado contra a gripe.

Os médicos que atenderam a criança acreditam que ela tenha adquirido o vírus antes de ser imunizada.

“Ela foi vacinada. Até então o quadro dela era normal, não apresentou gripe, ela continuou uma menina muito alegre. Acredito que, uma semana após a vacinação, ela começou a apresentar o quadro gripal e foi se agravando, mas ela já tinha sido vacinada”, afirmou Karine Tenório, amiga da família.

A amiga conta que Hilary não apresentou maiores complicações durante o tempo que ficou internada, até ter o quadro agravado. “Ela sentiu tosse, falta de ar, mas tudo leve. No decorrer da semana foi se agravando, ela deu entrada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para fazer um tratamento mais específico, o quadro dela foi se agravando e, infelizmente, veio a óbito hoje”.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) já contabilizou 77 casos da doença no estado nos primeiros seis meses do ano. A campanha de vacinação terminou no último dia 31 de maio e, ainda assim, 19 mil crianças não se vacinaram apenas em Maceió.

O Ministério da Saúde anunciou, em rede nacional, que as vacinas seriam liberadas para toda a população. No entanto, o município de Maceió, apesar de ter batido a meta com 93%, não vai abrir a vacinação porque ainda existem dois grupos prioritários que não atingiram a meta.

“Não foi ofertada mais vacina para os estados, simplesmente foi aberta para o público. Os municípios que atingiram a meta preconizada pelo Ministério da Saúde até que ampliaram para outras pessoas de acordo com o quantitativo que eles tinham, porém, tem que se deixar uma reserva técnica para as crianças que estão sendo vacinadas pela primeira vez, que tem a segunda dose com 30 dias e as gestantes que ao longo do ano podem estar engravidando e vão procurar a vacina”, explica Claudeane Nascimento, técnica do Núcleo de doenças imunopreviníveis da Sesau.

Sobre a falta de vacina em algumas unidades de saúde da capital, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a vacinação não está em falta, mas que existe um cronograma de entrega por bairros e que, aos poucos, eles serão reabastecidos. Disse ainda que só pode liberar para toda população se o Ministério da Saúde enviar doses extras da vacina.

Fonte: Gazetaweb.com