Basquete brasileiro precisa investir para voltar a ser grande

(Foto: Divulgação/Basquete Brasil)

Indianápolis – EUA, 23 de agosto de 1987. Brasil e a seleção norte-americana decidem os Jogos Pan-Americanos na modalidade basketball. Diante de sua fanática torcida, a equipe da casa perde por 115 a 120, primeiro fracasso do basquete dos EUA em seu território.

Depois da derrota, os Estados Unidos passaram a usar jogadores da NBA em sua seleção, estratégia que fortaleceu o esporte em nível internacional. Já o Brasil saiu de quadra com sua maior conquista no basquete masculino para entrar em retrocesso.

Somente doze anos depois da vitória épica em Indianápolis é que a seleção brasileira voltou ao pódio de uma competição internacional, a medalha de ouro no Pan-Americano de 1999, em Caracas-Venezuela.

Ainda em processo de reestruturação, eliminado nas oitavas-de-final do Mundial da China que será decidido neste final de semana, o basquete brasileiro poderia ter se tornado o segundo esporte mais popular do país, condição alcançada pelo vôlei.

Por falta de investimentos nas categorias de base, nos clubes e também por questões relacionadas com a Confederação Brasileira de Basketball (CBB), o esporte perdeu espaço e popularidade, ao contrário da Espanha, país que domina o basquete na Europa e é finalista do Mundial da China, contra a Argentina, atualmente a maior força do basquete sul-americano.

Chave do sucesso

O êxito dos espanhóis é facilmente compreendido na reportagem produzida pelo Betway Esportes, site de apostas esportivas online. Até o presidente Pedro Sanchez prestigia o esporte cuja liga nacional é formada por 18 clubes. Na visita que fez à seleção espanhola na preparação do Mundial da China, Sanchez revelou a chave do sucesso do país no basquete: continuidade.

O incentivo à prática entre crianças e adolescentes, com competições regulares, gera conquistas e todos os benefícios que resultam de qualquer atividade desportiva, feita com orientação profissional e de forma contínua.

O gerenciamento correto do basquete espanhol coloca times em alta. O famoso Real Madrid não é só o maior vencedor da taça europeia de clubes de futebol, a cobiçada Champions League.

O Real Madrid também é recordista de títulos no campeonato europeu de times de basquete, competição que qualquer pessoa com acesso à internet pode acompanhar pelo betway sports.

Abrir mercado

Não é por acaso que uma das estrelas da seleção espanhola, o pivô Marc Gasol, joga na NBA e já tem até título de campeão. A conquista foi alcançada na temporada 2018/2019 pelo Toronto Raptors, time canadense e primeiro do país a vencer a NBA, desde que a liga também abriu espaço para ampliar seu mercado.

São esses exemplos desse tipo que o Brasil precisa se espelhar para voltar a ser grande no basquete. Ter uma liga fortalecida, junto com a CBB; promover competições regulares para as categorias de base e apoiar o desenvolvimento da arbitragem e das comissões técnicas, conforme avalia José Neto, técnico da seleção feminina brasileira.

Neto comandou a equipe que subiu ao primeiro lugar do pódio do Pan-Americano realizado este ano, em Lima-Peru. Foram 28 anos sem um título internacional entre as mulheres brasileiras do basquete e isso é muito tempo de bola fora para o nosso país.