Se antes a consulta virtual parecia uma realidade distante, por conta da pandemia, a teleconsulta tem se tornado cada vez mais comum atualmente. Essa é uma das previsões feitas pelo futurista Dr. James Canton, CEO do Institute for Global Futures, em matéria publicada no site BusinessInsider em 2019. A entrevista trouxe as previsões para os próximos cinco anos em termo de tecnologia.
Embora ele não tivesse conhecimento da pandemia naquele momento, a telemedicina já era uma previsão por conta dos avanços na área de Inteligência Artificial (IA). A combinação desse campo com a crescente da realidade virtual e aumentada, fazem desta uma área de crescimento exponencial.
No Brasil, a telemedicina já era regulamentada pela resolução n° 1.643/2002, porém, a teleconsulta e o telediagnóstico não eram contemplados. Em 15 de abril de 2020, a lei n° 13.989 sancionada pelo presidente, trouxe mais flexibilidade para práticas a distância enquanto a pandemia durar.
A telemedicina não vem substituir a consulta presencial, afinal, em muitos casos exames físicos se fazem necessário. Pode se dizer que é a aplicação de um atendimento médico remoto, fazendo uso de tecnologias de transmissão de áudio e imagem. Não se pode chamar “nova medicina”, é apenas uma nova forma de exercer o tradicional, facilitando o acesso e controle de saúde para aqueles que não possuem acesso facilitado a consultas.
Algumas pessoas criticam essa prática por conta do escasso acesso à internet em diversas cidades brasileiras. Porém, dados fornecidos pelo TechReviews indicam que a banda larga cresceu 5,5% no ano passado. E esse número deve ser cada vez mais promissor com o passar dos anos, levando o acesso para mais regiões do país. Com boa internet disponível para mais pessoas, a prática da telemedicina pode se fortalecer, mesmo após a pandemia.
É isso que muitos médicos esperam para os próximos anos. Os impactos vêm sendo considerados positivos pela classe. Dessa forma, hospitais podem ser desafogados e muitos médicos especialistas poderão fazer um melhor acompanhamento dos seus pacientes.
Enquanto uma vacina segura contra o Covid-19 não chega, essa modalidade vem sendo a forma mais segura em muitas especialidades da medicina. Embora ainda muito se tenha para descobrir e regulamentar em relação a telemedicina, as antigas resoluções não farão mais sentido em um Brasil pós-pandemia e provavelmente precisarão ser analisadas e editadas. De qualquer forma, a perspectiva do futurista Canton já começou a acontecer ao redor do mundo, um ano após sua entrevista para o site americano BusinessInsider.