O novo relatório do Observatório Alagoano de Políticas Públicas de Combate à Covid-19, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), confirmou o aumento de novos casos da doença em Maceió e Arapiraca e alertou para a possibilidade de descontrole da pandemia no estado.

Segundo o documento, divulgado na tarde dessa segunda-feira (16), considerando os últimos quatorze dias, a incidência de casos praticamente dobrou na capital alagoana, saindo de 145 para 278 novos casos entre a 44ª e 46ª, respectivamente. “Se pensarmos no comportamento do início da pandemia, estamos vendo algo similar. Novamente os casos estão surgindo (agora estão aumentando) primeiro em Maceió. Se seguir o que ocorreu na primeira onda, daqui se espalha para o resto do estado”, explicou o coordenador do Observatório, o pesquisador Gabriel Bádue.

O relatório também ressaltou a continuidade na queda do número de óbitos no estado. O comportamento, segundo os pesquisadores, no entanto não está sendo reproduzido na capital, onde o número de óbitos nas últimas cinco semanas é constante. “O número de óbitos está estacionado há cerca de cinco semanas em Maceió. Quando se espera, quando há melhora, que esse número caia”, frisou Bádue.

Arapiraca

A cidade de Arapiraca, segunda maior do estado, também apresenta uma tendência de aumento de casos quando comparadas as últimas quatro ou cinco semanas, conforme o Observatório.

“Outra característica de agora, em comparação com o primeiro semestre, é que Arapiraca registrou nas últimas semanas uma incidência de casos maior que de Maceió, em relação às populações. Isto torna o risco de descontrole por todo o estado ainda maior”, alertou Gabriel Bádue.

Alerta sobre aglomerações 

O Observatório ainda reforçou que a Covid representa um grande risco à população e que a situação que só será alterada com a imunização universal por meio de uma vacina.

“O cenário da pandemia do novo Coronavírus em Alagoas após a 46ª SE sinaliza para a importância da continuidade das medidas de controle, entre as quais o distanciamento social (que implica na não permanência em aglomerações), higienização das mãos e utilização da máscara em ambientes coletivos. Além dessas medidas, o Estado deve garantir a execução de estratégias para identificar, isolar e rastrear contatos a fim de evitar o surgimento de novos focos que poderão causar novas ondas epidêmicas; contenção de surtos em locais de alta vulnerabilidade, como abrigos e prisões); e monitoramento de riscos externos, que tendem a aumentar com a chegada da temporada de férias e o aumento da circulação de pessoas, principalmente nas regiões turísticas do estado”, trouxe o documento.

Fonte: TNH1