Auxílio emergencial sem corte de gasto é suicídio hiperinflacionário, afirma empresário


Alexandre Ostrowiecki, dono da Multilaser, deu entrevista à Folha de S. Paulo falando sobre o retorno do auxílio emergencial. Ostrowiecki acredita que há demagogia no debate da PEC Emergencial, que permitirá o retorno do programa. Ele acredita que o valor a ser gasto em educação e saúde devem ser flexíveis. Apesar de afirmar que os dois tópicos devem ser prioritários, ele afirma que o valor não precisa necessariamente estar definido na Constituição.

Para o empresário, o retorno do auxílio emergencial pode evitar o colapso econômico do Brasil, mas deve ser acompanhado de cortes de gastos. “O orçamento deveria ser bastante flexível e com margem para adaptação por parte dos governos que forem eleitos, sejam de qual linha ideológica forem, de acordo com as prioridades do país para o momento”, afirmou.

O empresário também definiu o “nível de sofrimento” dos brasileiros como “insuportável”, no cenário em que a pandemia do novo coronavírus avança no país. “Isso faz com que uma nova rodada de auxílio emergencial seja essencial para evitar uma espiral de completo colapso econômico”, opinou.

“É preciso sim fazer o auxílio agora e obrigatoriamente amarrá-lo a fortes cortes de gastos públicos, privatizações, concessões, reforma administrativa e outras medidas urgentes para que o peso da máquina pública não arraste a economia inteira para o abismo”, continuou. “Qualquer auxílio emergencial desacompanhado de fortes cortes na gordurosa carne estatal brasileira implicará em suicídio hiperinflacionário”.

Ostrowiecki ainda falou que pautas atuais do governo, como a autonomia do Banco Central com privatização dos Correios e da Eletrobras, além da venda de ações da Vale, pode gerar otimismo no mercado. “O clima é que agora chegou o momento de o governo se provar digno de cumprir o que prometeu na campanha, pois o tempo para desculpas está se esgotando”, finalizou.

Fonte: Notícias Concursos