Devo deixar meu filho jogar videogames? A resposta é sim.

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Os benefícios são mais numerosos que os pontos negativos. Mas é importante colocar barreiras

Com o isolamento social e as pessoas ficando mais em casa, é normal que a preocupação com o entretenimento na rotina de crianças seja normal. E o videogame, um belo passatempo que engaja e entretém por horas, ainda é visto com desconfiança por mães e pais.

É normal isso: tudo em exagero pode ser prejudicial e videogames com temáticas mais violentas não são recomendados para uma certa idade. Mas os benefícios são muito mais valiosos que possíveis pontos negativos, como este levantamento da Betway que aponta mitos e fatos sobre os games e esportes eletrônicos.

O setor cresceu de tamanho nos últimos anos e games passaram de ser apenas para um videogame específico ou computador para invadir os celulares. Franquias de bilhões de dólares foram criadas usando as pequenas telas dos dispositivos.

Outra novidade da última década foi a proporção que os esportes eletrônicos tomaram, com a criação de equipes com estrutura, competições com patrocinadores e a cobertura de plataformas, trazendo ainda mais credibilidade e recursos para os eventos. Então jogar games não é mais algo de criança nem de pessoas sem nada para fazer.

Imponha limites

Está provado que videogames ajudam a desenvolver habilidades como raciocínio lógico e coordenação motora. Um jogo com maior background histórico pode ser uma lição valiosa para a criança, assim como é possível aprender outra língua, já que a maioria dos jogos são em inglês.

O papel dos pais neste sentido é impor limites. É claro que o jogo excessivo pode criar um vácuo de horas que poderiam ser dedicado a estudos ou atividades físicas presenciais, que também são importantes para o desenvolvimento da criança.

Além disso, é importante acompanhar os jogos que estão sendo jogados para notar elementos como violência e linguagem ofensiva ou inapropriada. Jogue com seu filho (a) para saber mais sobre o que ele gosta e ainda criar memórias para a vida. Assim é possível ficar por dentro e mostrar apoio e envolvimento.

Não há problema em um jogo ter o uso de armas, por exemplo, desde que a criança já tenha alcançado uma certa idade (12 ou 14 anos) e entenda melhor a diferenciação entre vida real e a fantasia. Comprar um jogo mais educativo além dos títulos mais famosos também pode ser uma boa estratégia para trazer mais conteúdo a essa brincadeira.

Tome cuidado com o online

A grande diferença para os videogames das antigas é que quando o Atari e o Nintendo 64 estavam ligados nas salas, só quem estava ali jogando contava para a ação. Hoje, seja no videogame ou no celular, você pode jogar de forma simultânea com milhares de pessoas de todo o mundo.

É normal jogar uma partida de FIFA contra outra pessoa, assim como jogar Call of Duty com alguns amigos contra outro grupo de pessoas.

Além da diversão que isso representa – e as horas consumidas em seguidas partidas – é importante que os pais fiquem espertos com esses jogos porque eles podem envolver provocações, xingamentos e atitudes que não são positivas para uma criança. Infelizmente o anonimato da internet – é possível jogar com um codinome – ainda é usado por muitas pessoas para cometer abusos e até crimes.

É interessante que você permita que seu filho jogue apenas offline, contra computadores ou só com amigos que estão visitando, deixando as partidas online para quando ele ou ela estiverem mais velhos. E antes é preciso explicar sobre como funciona a internet e como se comportar com pessoas que não tem limites e educação.

Aprendizado

Até esses momentos são de aprendizado para uma criança ou adolescente que pode ser valioso. Mas o importante ao jogar videogames é poder aproveitar os impactos positivos citados e deixar as experiências ruins de lado. Com pais atentos é possível controlar melhor e fazer o jogo ser mais uma ferramenta poderosa de educação e diversão para a criança.