Depoimentos de testemunhas e acusados estavam marcados para esta terça (27), mas somente as testemunhas foram ouvidas. Jovem grávida desapareceu em 2012 e restos mortais só foram encontrados nove anos depois.
Em audiência de instrução realizada nesta terça-feira (27), a Justiça ouviu o delegado do caso Roberta Dias sobre a perícia no local em que os restos mortais da estudante de Penedo foram encontrados. O juiz também negou novamente o pedido para liberação imediata da ossada para sepultamento e remarcou as oitivas dos acusados do crime para o dia 26 de outubro.
A Perícia Oficial de Alagoas confirmou que a ossada encontrada em abril deste ano no Pontal do Peba, em Piaçabuçu, é da estudante Roberta Dias, que desapareceu grávida em 2012.
Segundo a Justiça, o delegado Fernando Lustosa, responsável pelas investigações do caso no âmbito da Polícia Civil, disse na audiência de instrução, realizada online por causa da pandemia da Covid, que a perícia no local em que a ossada de Roberta Dias foi encontrada ainda não foi concluída.
Além do delegado, também foram ouvidas outros dois policiais como testemunhas. Estava previsto para esta audiência também o depoimento dos dois acusados do crime, Mary Jane Araújo Santos e Karlo Bruno Pereira Tavares, que respondem ao processo em liberdade, mas a oitiva foi remarcada para o dia 26 de outubro, às 9h30, por causa da pendência do corpo de delito na ossada da vítima.
O juiz quer que o exame de corpo de delito na ossada esclareça os seguintes questionamentos:
- qual a data provável da morte
- qual a causa da morte
- especificar se houve o emprego de algum instrumento
- especificar se a pessoa cujos restos mortais foram encontrados estava gestante
Segundo o juiz, o pedido do Ministério Público Estadual (MP-AL) para a liberação imediata dos restos mortais da jovem para sepultamento foi negado por necessidade de perícia complementar e pelo prazo para produção de prova pericial, evitando necessidade futura de exumação.
“Indeferido o requerimento do ministério público de imediata liberação do corpo para sepultamento tendo em vista que ainda há necessidade de perícia complementar, especialmente porque as partes disseram que pretendem se valer do prazo concedido na decisão de página 4086 para apresentar quesitos e assistente técnico”, diz o documento da Justiça.
Uma decisão anterior, do dia 20 de julho, já tinha negado a liberação para sepultamento da ossada que se encontra no Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca.
Fonte: G1/AL