Biblioteca usa tecnologia para oferecer novas experiências de leitura


Em uma época de revoluções digitais constantes, a tecnologia transforma os hábitos de leitura no século XXI. 

Por conta disso, o programa BiblioHack LAB (BHL), trouxe para a Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, dois dispositivos portáteis e interativos de leitura, já disponíveis para utilização. 

As iniciativas fazem parte do programa de inovação em leituras, livros e bibliotecas da organização social Casa da Árvore. Trata-se de uma das primeiras empresas no desenvolvimento de inovação em práticas de leituras através da cultura digital. 

Os dispositivos foram desenvolvidos com alta tecnologia durante residência criativa online, na qual participaram artistas, educadores, pesquisadores e desenvolvedores, que também integraram um processo seletivo e receberam auxílio técnico e financeiro. 

O designer de inovação da Casa da Árvore e coordenador geral do BHL, afirma: “Os dispositivos inventados no BiblioHack nasceram com o objetivo de provocar uma experiência de interação com a literatura que fosse capaz de gerar em nós uma reflexão sobre quais habilidades e competências precisamos desenvolver para compreender e participar do mundo no século XXI”. 

Para o coordenador, as bibliotecas podem ser a base da inovação nas práticas de mediação de leitura e formação de leitores, onde a arte tecnológica, o letramento para as mídias, a expressão artística e a participação social são fundamentais na formação do leitor-cidadão. 

A BiblioHack LAB recebeu 12 propostas de dispositivos móveis interativos de literatura de vários cantos do país. Todos foram avaliados pela equipe de residência e os dois projetos aprovados já estão prontos para serem testados junto à comunidade leitora da Biblioteca Mário de Andrade. 

Dispositivos móveis interativos de leitura

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Os dois dispositivos móveis interativos são:  

  • Omec: Trata-se de uma maleta que convida a pessoa para jogar coletivamente a história do livro 1984, de George Orwell, explorando elementos do hiperlink, e que leva o leitor a navegar por outros conteúdos, a relacionar o livro com outras informações de contexto e a explorar a atemporalidade da obra; 
  • FunFic: O dispositivo é um espaço inventivo, que traz narrativas ficcionais escritas por fãs, desconstruídas da história original, e que, na medida em que a história é construída, se tem a materialização de um lado e o código do outro: o caminho que o computador chegou para criar a imagem.

“O Omec é uma maleta-jogo que possibilita a pessoa, no lugar de fazer a leitura do livro proposto, jogar em grupo a história proposta, explorando e vivenciando mais amplamente aquele universo. Já o FunFic é um dispositivo web, em que a pessoa cria a história, e esse uso da escrita literária alimenta a escrita criativa de códigos e vice-versa”, explica Cavalcante.

Para o coordenador da residência criativa e mentor dos projetos, Ricardo Palmiere, os dispositivos desenvolvidos pelo BHL irão contribuir para além das experiências que os leitores poderão vivenciar na Biblioteca Mário de Andrade. 

“Todo o processo, desde as pesquisas, a concepção até o desenvolvimento do protótipo, foi documentado e os projetos serão publicados sob licenças livres e disponibilizados em plataformas abertas para que possam ser remixados e reconstruídos em outras bibliotecas ou espaços com interesse neste tipo de tecnologia”.

Criados por artistas e desenvolvedores em residência criativa do programa Bibliohack Lab (BHL) durante a pandemia, o FunFic foi incorporado como dispositivo de leitura-autoria no site da Biblioteca Mário de Andrade e no site do www.bibliolab.com.br.

Além disso, o BiblioHack LAB irá promover uma campanha para que outras bibliotecas incorporem o FunFic em suas webpáginas.

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Fonte: Notícias Concursos