Em março, dois dos indicadores registraram aceleração, na comparação com fevereiro. Assim, impulsionaram o IGP-M no mês, que passou do campo negativo para o positivo. A única exceção foi o INCC, cujos preços desaceleraram levemente.
Apesar da aceleração registrada pelo IPA e pelo IPC, apenas o último ficou em campo positivo. O IPA e o INCC tiveram taxas negativas, ou seja, os preços caíram e aliviaram levemente o bolso dos consumidores. Contudo, os recuos foram bem tímidos.
Preços ao consumidor seguem em queda
Em resumo, o IPA exerce o maior impacto no IGP-M. Por isso, o indicador considerado a inflação do aluguel tende a apresentar variações semelhantes a do IPA.
Em março, o indicador passou de -0,20% para -0,12%, permanecendo no campo negativo, mas com uma queda levemente menor que a de fevereiro. O subgrupo combustíveis para o consumo manteve a taxa do IPA negativa ao passar de 4,07% para -1,46%.
No caso do IPC, a taxa variou 0,66% em março, após alta de 0,38% no mês anterior. A taxa acelerou devido ao acréscimo registrado por cinco das oito classes de despesas pesquisadas pelo FGV Ibre.
Em síntese, a aceleração veio dos grupos transportes (0,19% para 2,22%), habitação (0,37% para 0,84%), saúde e cuidados pessoais (0,73% para 1,00%), alimentação (-0,01% para 0,14%) e vestuário (0,09% para 0,20%).
Nestas classes de despesa vale destacar a variação dos respectivos itens: gasolina (-1,00% para 6,52%), tarifa de eletricidade residencial (0,07% para 2,04%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,82% para 2,32%), hortaliças e legumes (-6,63% para -2,75%) e roupas (0,11% para 0,29%).
Por outro lado, os grupos educação, leitura e recreação (0,46% para -1,50%), despesas diversas (1,69% para 0,13%) e comunicação (0,77% para 0,46%) tiveram decréscimo em suas taxas em março.
As maiores influências vieram de cursos formais (2,57% para 0,00%), serviços bancários (2,61% para 0,00%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (1,68% para 0,24%), respectivamente.
Inflação da construção desacelera
O terceiro indicador que compõe o IGP-M desacelerou em março, limitando a alta da inflação do aluguel. A saber, o INCC desacelerou de 0,21% em fevereiro para 0,18% em março. Aliás, o decréscimo do indicador é o segundo consecutivo, mas as variações foram tão leves que nem devem ter sido sentidas pelos consumidores.
O resultado de março do indicador foi enfraquecido pelas variações de dois dos três grupos componentes do INCC. As oscilações foram as seguintes: materiais e equipamentos (0,16% para -0,07%), serviços (1,10% para 0,88%) e mão de obra (0,10% para 0,27%).
Estes dados mostram que a inflação do aluguel não subiu de maneira mais expressiva em março devido ao INCC. Ao mesmo tempo, o IPA também se manteve no campo negativo, ajudando a segurar o IGP-M.
Fonte: Notícias Concursos