CHina não é uma nação que entende de compromisso. Quer – ou almeja – tudo o que se propõe alcançar. No esporte, uma forma de apresentar seus pontos fortes ao mundo acontece ainda mais.
O boxe, cuja história ligada às formas de expressão é interminável, também tem um capítulo com a ascensão ao trono dos pesos pesados do Zhilei Zhangum candidato que há muito deixou de ser uma surpresa.
Zhang não é o peso pesado prototípico que os fãs de esportes esperariam ter em suas fileiras. Ele tem mais de 40 anos e suas vitórias recentes lhe permitem desafiar quem quiser.
Começou tarde no esporte, mas logo se tornou um lutador de destaque, com medalha de prata olímpica em Pequim 2008, perdendo para o lendário Roberto Cammarelle na final. Ele então deu o próximo passo para se tornar profissional.
Apenas uma derrota, contra o croata Hrgovic em uma decisão dividida que não agradou ninguém e duas vitórias consecutivas contra o talento europeu dos pesos pesados, Joe Joyce seguiram.
Ambas as vitórias aconteceram diante da torcida de Joyce, o que deu ainda mais significado. Primeiro, ele venceu sua primeira luta pelo cinturão interino da WBO após nocauteá-lo no sexto round. Na revanche na Wembley Arena de Londres Zhang levou apenas três rodadas para bater Joyce fora.
“Você quer me ver calar a boca de Tyson Fury?” ele gritou no microfone após a luta.
Zhang não se importa, ele vai em frente. Esse é o estilo dele. Ele tem duas bombas nas mãos e ao seu alcance é imparável. Pouco importa para ele que Joyce tenha engordado e quisesse mudar seu estilo.
Zhang tem um perfil atípico, pouco teatral. No entanto, ele está prestes a levar a China a um prêmio incrível, o cinturão mais mítico e lendário que existe, o título dos pesos pesados.
Com seu recorde de 26 (21KOs)-1-1 ele pode se dar ao luxo de entrar na conversa entre Fúria, Usyk, Wilder e Joshua.
Fonte: Jornal Marca