Governo e Uber firmaram parceria por um ano; entenda


A violência contra mulheres é uma questão alarmante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, não é diferente. Diariamente, inúmeras mulheres sofrem abusos físicos, emocionais e psicológicos em seus próprios relacionamentos. Diante desse cenário preocupante, é fundamental que sejam tomadas medidas para proteger e empoderar as vítimas. Nesse sentido, uma parceria entre a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) e a empresa Uber Brasil tem como objetivo oferecer transporte gratuito para mulheres vítimas de violência, promovendo o registro de boletins de ocorrência e fornecendo apoio às vítimas dessa forma de violência.

Transporte Gratuito para Vítimas de Violência

A parceria entre a SSP-DF e a Uber Brasil tem como objetivo oferecer transporte gratuito para mulheres vítimas de violência atendidas nas unidades da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Essa busca iniciativa incentiva as vítimas a registrar boletins de ocorrência na Polícia Civil, promovendo a responsabilização dos agressores e a busca pela justiça.

Além do transporte gratuito, o projeto prevê a divulgação de informações tanto para motoristas da Uber quanto para usuários do aplicativo sobre como ajudar mulheres vítimas de violência doméstica. Com isso, espera-se que a sociedade como um todo esteja mais engajada no combate a essa forma de violência, contribuindo para sua erradicação.

O Apoio do Projeto Ângela

Como parte dessa parceria, as vítimas terão acesso ao apoio do assistente virtual do Projeto Ângela, desenvolvido pela Uber em conjunto com o Instituto Avon. A assistente virtual Ângela oferece diversos serviços para as mulheres, como contato com psicólogos e advogados, fornecendo suporte emocional e orientação jurídica durante o processo de recuperação e assistência de suas vidas.

Para acessar a assistente virtual Ângela, basta enviar uma mensagem por Whatsapp para o número (11) 94494-2415. A partir desse contato, o assistente enviará informações e direcionará a vítima para um especialista adequado à sua situação. Vale ressaltar que esse serviço é gratuito e está disponível para todo o Brasil, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h (exceto feriados).

Canais de Atendimento e Emergência

É importante ressaltar que existem outros canais de atendimento e emergência disponíveis para mulheres vítimas de violência no Distrito Federal e em todo o país. Em caso de emergência, uma vítima ou uma testemunha pode ligar para o número 190 e acionar uma viatura da Polícia Militar. A ligação é gratuita e o atendimento está disponível 24 horas por dia.


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Além disso, as denúncias de violência contra a mulher podem ser feitas pela Ligue 180, pela Central de Atendimento à Mulher. Esse serviço é gratuito e funciona diariamente, garantindo o anonimato da vítima. É fundamental que as vítimas se sintam seguras para denunciar seus agressores e buscar auxílio.

A Importância da Preservação do Emprego para as Vítimas de Violência Doméstica

A violência doméstica não se limita às agressões físicas e emocionais. Muitas vezes, a vítima também enfrenta consequências financeiras, como o medo de perder o emprego caso denuncie seu agressor. Diante dessa realidade, é fundamental que sejam tomadas medidas para garantir a preservação do emprego das mulheres vítimas de violência doméstica.

O Projeto de Lei 3700/23, de autoria da deputada Maria Rosas, ganhou destaque ao propor a exclusão da demissão sem justa causa de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. A proposta busca garantir a segurança e a estabilidade das mulheres que passam por essas situações traumáticas.

A Proibição da Demissão sem Justa Causa

Segundo o projeto de lei, a demissão sem justa causa de mulheres vítimas de violência doméstica seria proibida por um período de seis meses ou enquanto durarem os efeitos de uma medida protetiva, prevista na Lei Maria da Penha. Essa medida visa garantir que as mulheres tenham a oportunidade de se reestabelecerem emocionalmente, buscar apoio e reconstruir suas vidas sem o medo de perder seus empregos.

A preservação do emprego é um dos aspectos mais importantes envolvidos pelo projeto de lei. O emprego não é apenas uma fonte de renda para as mulheres vítimas de violência doméstica, mas também representa uma forma de se manterem independentes, conquistando sua autonomia financeira e se sentindo empoderadas. Ao proibir a demissão sem justa causa, o projeto busca garantir que as mulheres tenham a oportunidade de se manterem financeiramente recuperadas durante o período de recuperação e fuga de suas vidas.

O Papel da CLT e da Lei Maria da Penha

Para efetivar a proibição da demissão de mulheres vítimas de violência doméstica, o projeto de lei propõe alterações tanto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) quanto na Lei Maria da Penha. A CLT, que regulamenta as relações trabalhistas no país, passaria a incluir essa exclusão como uma garantia para as trabalhadoras. Já a Lei Maria da Penha, que visa combater a violência doméstica e familiar contra a mulher, seria alterada para ampliar o período de manutenção do vínculo trabalhista.

Atualmente, a Lei Maria da Penha prevê a manutenção do emprego por seis meses quando for necessário o afastamento do local de trabalho. No entanto, o projeto de lei propõe que essa proteção seja prolongada por um período de tempo que dure uma medida protetiva de urgência. Essa medida considera que o período de seis meses pode não ser suficiente para garantir a segurança e a recuperação das vítimas de violência doméstica.

O Tempo Necessário para a Recuperação das Vítimas

A deputada Maria Rosas destaca que o período de seis meses previsto na lei pode não ser suficiente para garantir a segurança e a recuperação das mulheres vítimas de violência doméstica. Muitas vezes, os efeitos emocionais e psicológicos desse tipo de violência podem durar muito mais tempo, exigindo um suporte contínuo. Ao estender a proteção do emprego por um período de tempo que dure a medida protetiva de urgência, o projeto de lei busca garantir que as mulheres tenham uma rede de apoio sólida durante todo o processo de recuperação.

Essa medida também visa evitar que as vítimas sejam coagidas ou ameaçadas a desistirem de denunciar seus agressores. A proteção da demissão sem justa causa é uma forma de fortalecer as vítimas, dando-lhes o suporte necessário para enfrentar a situação e buscar justiça.

As Medidas Protetivas e a Importância do Afastamento

As medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha são ferramentas fundamentais para garantir a segurança das vítimas de violência doméstica. Entre essas medidas, estão a suspensão da posse ou restrição do porte de armas, o afastamento do agressor do lar e a restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores. O afastamento do agressor do lar e a restrição ou suspensão de visitas são medidas que visam garantir a integridade física e emocional da vítima e de seus dependentes.

O projeto de lei libera a importância dessas medidas e busca fornecer um suporte adicional por meio da concessão da demissão sem justa causa. Ao garantir a estabilidade financeira das vítimas, essa medida contribui para o enfrentamento da violência doméstica como um todo, enfraquecendo a forma de controle e canto que muitas vezes é utilizada pelos agressores.

O Trâmite nas Comissões Parlamentares

O Projeto de Lei 3700/23 será elaborado pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher, do Trabalho e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Essas comissões têm como objetivo avaliar as disposições e a constitucionalidade do projeto, além de realizar debates e audiências públicas para ouvir especialistas e a sociedade civil. A análise nas comissões é um momento importante para que o projeto seja melhorado e debatido amplamente.

É fundamental que os parlamentares compreendam a importância dessa medida de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica e reconheçam a necessidade de sua aprovação para garantir a dignidade e os direitos dessas mulheres.

O Impacto da Proibição da Demissão

A separação da demissão de mulheres vítimas de violência doméstica traz consequências significativas na vida dessas mulheres. Além de garantir a estabilidade financeira, essa medida promove o empoderamento e a autonomia das vítimas, permitindo que elas se reconstruam e sigam em frente após vivenciarem situações traumáticas.

Ao proteger o emprego das mulheres, o projeto de lei também contribui para o enfrentamento da violência doméstica como um todo. A possibilidade de perder o emprego muitas vezes é utilizada como uma forma de controle e chantagem pelos agressores. Ao proibir a demissão sem justa causa, essa forma de violência é enfraquecida, permitindo que as vítimas denunciem seus agressores e busquem auxílio.

O Combate à Violência Doméstica como Responsabilidade Coletiva

O combate à violência doméstica é uma responsabilidade coletiva que envolve não apenas o poder público, mas também toda a sociedade. É fundamental que haja políticas públicas efetivas, campanhas de conscientização e medidas de proteção que garantam a segurança e os direitos das vítimas.

A demissão de mulheres vítimas de violência doméstica é uma das medidas que podem contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Ao garantir a estabilidade financeira e o empoderamento das vítimas, essa medida fortalece a luta contra a violência doméstica e promove a dignidade e o respeito às mulheres.

Em suma, a parceria entre a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e a Uber Brasil para oferecer transporte gratuito às mulheres vítimas de violência é uma iniciativa importante no combate a essa forma de violência. Além disso, a proibição da demissão sem justa causa de mulheres vítimas de violência doméstica é uma medida que busca garantir a segurança e a estabilidade dessas mulheres, promovendo seu empoderamento e contribuindo para o enfrentamento da violência doméstica como um todo. É fundamental que a sociedade como um todo esteja engajada nessa luta, reforçando a importância de proteger e apoiar as vítimas de violência doméstica.

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Fonte: Notícias Concursos