Robson Lessa entrevista Paulo Minas: O craque do Penedense que marcou época

Na noite de hoje, 29 de outubro, o comunicador Robson Lessa realizou uma live em seu Instagram (@robsonsimoeslessa) que trouxe à tona a rica história de Paulo Minas, um dos maiores ídolos do Sport Club Penedense. Com um bate-papo repleto de nostalgia e emoção, Paulo Minas compartilhou momentos marcantes de sua trajetória no futebol alagoano, emocionando torcedores e fãs do esporte.

Robson Lessa começou a live expressando sua gratidão a Paulo: “Agradecer a deferência em topar, aceitar o nosso convite.” Ele destacou a importância de preservar as memórias do Penedense, um clube centenário que, ao longo de sua história, tem sido um símbolo de paixão e dedicação para a cidade. “A nossa ideia é gravar, deixar gravado depoimentos com grandes ídolos da história do Sport Club Penedense,” explicou Robson Lessa. Essa iniciativa visa criar um memorial que eternize as histórias dos personagens que contribuíram para a trajetória do clube, fundamental para a identidade e a cultura dos torcedores.

Paulo Minas fez parte do elenco que conquistou o vice-campeonato Alagoano em 1966, uma conquista que permanece viva na memória dos torcedores. “Participamos da melhor campanha da história do Sport Club Penedense,” afirmou, lembrando com orgulho da trajetória do time. O ex-jogador descreveu a emoção de vestir a camisa do Penedense e a alegria de representar sua cidade no futebol alagoano.

“O Penedense me acolheu.”

Durante a entrevista, Paulo Minas refletiu sobre sua conexão com o clube e como sua trajetória começou. Ele compartilhou: “Coincidentemente, o seu pai foi um dos responsáveis… e foi através de Haroldo Lessa, meu grande amigo, que eu tive a oportunidade de crescer no futebol.” Paulo Minas lembrou que, aos 15 ou 16 anos, foi convidado para jogar no Penedense e que, em uma partida contra o Sergipe, conseguiu marcar o primeiro gol da sua carreira profissional. “Aí começou uma trajetória que você está sabendo até onde chegou,” comentou.

“Era um time que só tinha craque.”

O ex-jogador também recordou a formação da equipe que participou da melhor campanha da história do Penedense em 1966, quando o clube conquistou o vice-campeonato. “Era um time que só tinha craque, rapaz. A gente era obrigado a jogar bem,” destacou Paulo Minas. Ele lembrou da qualidade técnica dos companheiros, como Joelzinho e Denancy, que tornavam o jogo mais fácil. “Jogávamos com uma equipe que entendia do riscado. O entrosamento facilitou nosso sucesso,” disse ele, ressaltando a importância do grupo para a conquista.

“O Penedense tem um lugar especial no meu coração.”

Paulo Minas expressou sua gratidão pelo clube, dizendo: “Eu não cobrei nada do Penedense, mas ele também não me cobrou. Pelo contrário, me acolheu. O Penedense me deu a oportunidade de mostrar um pouco do que eu sabia de futebol.” Essa declaração ressoou profundamente, refletindo a relação de amor e respeito que ex-atleta tem pelo Penedense.

“Hoje, tem 500 crianças esperando a oportunidade para jogar.”

Em um momento de reflexão sobre o futuro do futebol, Paulo Minas deixou uma mensagem para a nova geração de jogadores. “Hoje, tem 500 crianças esperando a oportunidade para jogar. É preciso ter uma qualidade bem acima da média para ter a chance de mostrar o futebol,” alertou ele.

Uma das histórias mais divertidas que Paulo Minas compartilhou durante a entrevista foi sobre uma negociação inusitada que ele fez com o Sport Club Penedense. Ele contou que, em um momento de dificuldade financeira do clube, quando o presidente não conseguia pagar os salários dos jogadores, ele decidiu que queria um televisor como parte de seu contrato. “Eu disse que assinaria o contrato, mas queria que eles pagassem um televisor no Odilon Lobo em 12 meses,” revelou Paulo Minas, com um sorriso no rosto. Essa negociação inusitada era uma maneira de garantir algo que ele desejava enquanto ainda jogava futebol.

Aprovado no Bahia

Durante a entrevista, Paulo Minas também compartilhou uma decisão crucial em sua carreira esportiva que envolveu o Esporte Clube Bahia. Ele contou que, quando chegou a Salvador com 26 anos, foi aprovado em testes para integrar o time. O técnico Paulo Amaral ficou impressionado com suas habilidades e disse: “Contrata o homem.” No entanto, Paulo Minas fez uma escolha que surpreendeu a todos: decidiu não seguir adiante com a carreira no futebol profissional. “Eu tinha um emprego no Banco do Brasil e não poderia arriscar perder minha estabilidade por conta do futebol,” explicou.

Ele também foi desejado pelo Fluminense de Feira


No bate-papo, Paulo Minas também mencionou sua experiência no futsal, revelando um episódio memorável em um jogo entre o Penedense e o Fluminense de Feira. Ele recordou que, após marcar dois gols na partida, teve sua habilidade reconhecida e, ao final do jogo, o pessoal do Fluminense se mostrou interessado em contratá-lo. “Foi um dia de muita sorte para mim, e no final da partida, fizeram uma fila para me homenagear,”

Para ele, Joelzinho era um dos melhores jogadores do Penedense

Paulo Minas teve a oportunidade de destacar seu colega de equipe e ídolo, Joelzinho, como um dos maiores craques com quem já jogou. Ele afirmou que Joelzinho foi um “senhor jogador de bola”, enfatizando sua habilidade e técnica excepcionais “ele foi um dos melhores que conheci”.

Ao final da entrevista, Robson Lessa e Paulo Minas discutiram a importância das amizades construídas ao longo da carreira. “Quando eu chego em Penedo, sou abraçado e me sinto muito à vontade,” disse Minas, reafirmando a importância do apoio da comunidade e dos amigos que fez durante sua trajetória no futebol. Ele também mencionou que, mesmo após anos, ainda mantém contato com muitos de seus antigos colegas, destacando a força das relações que se formam no esporte.

Confira entrevista completa aqui:

Agradecimentos a Robson Lessa e ao público

A live foi uma celebração da história do Sport Club Penedense e uma homenagem a um de seus maiores ídolos. Robson Lessa agradeceu a presença de todos e destacou a importância de continuar esse tipo de conversa para preservar a memória do clube. “Precisamos valorizar os filhos da Terra que nos engrandeceram,” finalizou.