José Augusto Xavier, eterno ídolo do Sport Club Penedense e uma das maiores lendas do futebol nordestino, faleceu na noite desta segunda-feira (9). Nascido em 28 de agosto de 1938, Xavier marcou época com seu talento e tornou-se um símbolo de resistência e dedicação ao esporte.
Com um chute poderoso e faro de gol, Xavier era temido por goleiros e zagueiros adversários. Contudo, sua trajetória no futebol foi marcada por episódios de discriminação racial, como relatado pelo jornalista Lelo Macena. Ele enfrentou preconceitos em clubes como CRB, Náutico e Galícia, mas superou as adversidades para consolidar sua posição como um dos grandes artilheiros da região.
Xavier era conhecido como “flecha negra” e “diamante negro”, apelidos que refletiam sua habilidade e impacto no futebol alagoano. Fora dos gramados, era admirado por sua conduta irrepreensível: um homem educado, gentil e devoto à família. Era um católico praticante, dedicado à Paróquia de Santa Luzia, e morador do bairro homônimo, onde construiu uma história de vida simples e inspiradora.
Antes de brilhar no futebol, trabalhou como funcionário do navio Comendador Peixoto, transportando produtos da região para a feira de Penedo. Sua paixão pelo esporte, porém, o levou a defender times como o Penedense/AL, CRB/AL, Botafogo/BA, Bahia, Galícia/BA, Botafogo/PB e Itabaiana. Xavier seguiu jogando até os 46 anos, um feito raro no futebol, o que demonstra sua dedicação e amor pelo esporte.
Hoje, o esporte alagoano se despede de uma de suas figuras mais icônicas. Xavier deixa um legado de talento, humildade e perseverança, que seguirá inspirando gerações.