Carcereira brasileira condenada por fazer sexo em presídio diz que era apaixonada por detento


A carcereira brasileira Linda De Sousa Abreu, condenada a 15 meses de prisão depois de ter um vídeo de sexo com um detento feito dentro do presídio onde trabalhava vazado nas redes, teve detalhes do processo que culminou com a sentença divulgados pela imprensa britânica. O conteúdo incluiu detalhes pessoais de seu relacionamento com o presidiário e os planos que tinha para o affair quando o homem encontrasse a liberdade.

Linda foi atendida pelo psiquiatra forense Iain Kooyman, que preparou um relatório para sentença e que fez alguns apontamentos surpreendentes sobre a relação da mulher com o dentento. De acordo com os documentos, Linda disse a ele que “amava” Linton Weirich, detento que tinha uma namorada grávida na época.

O profissional apontou que a brasileira sofria de transtorno de personalidade borderline grave e TDAH, e que o relacionamento com Weirich fazia com que ela se sentisse segura, levando a fazer os “serviços sexuais” como compensação por essa suposta “proteção”. Contudo, o relacionamento proibido tinha grandes chances de continuar além dos muros da prisão, já que ela planejou que o affair continuasse após sua libertação.

Além de prestar serviço no HMP Wandsworth, em Londres, Linda também trabalhava como criadora de conteúdo erótico e já havia participado do reality show ‘Open House: The Great Sex Experiment’, da emissora Channel 4, sobre casais não-monogâmicos ao lado do marido, o lutador de MMA Nathan Richardson.

A mulher admitiu má conduta em um cargo público e foi condenada e presa na segunda-feira por 15 meses. Weirich cumpre uma sentença de quatro anos e meio por roubar cerca de R$ 497 mil em objetos de valor de um cofre em um apartamento em Kensington.

Em relação ao relatório psiquiátrico, o juiz responsável pelo caso disse que linda foi considerada inteligente e perspicaz. “Você não pode ter tido nenhuma dúvida de que qualquer forma de relacionamento sexual era completamente proibida e deve ter entendido o dano que pode resultar de tal relacionamento”, proferiu o magistrado. “Para o Dr. Kooyman, você reconheceu que sabia que suas ações eram pouco profissionais, mas disse que não entendia que poderia enfrentar um processo. Este foi o segundo encontro sexual com o prisioneiro naquele dia. Nesse sentido, a ofensa foi premeditada”, decretou.

“O que você disse ao autor, e repetiu recentemente em sua carta para mim, foi que você passou a ver o prisioneiro como seu protetor, uma pessoa que o fazia se sentir seguro e, nesse contexto, você forneceu serviços sexuais. Mas isso é ceder à manipulação que seu cargo público exigia que você resistisse”, prosseguiu o juiz. “Você disse a ele que desenvolveu um apego próximo ao prisioneiro a ponto de querer que o relacionamento continuasse depois que ele fosse solto, você disse que o amava, que nunca se sentiu tão segura em sua vida e que ‘se sentia como uma gângster'”, apontou.

O juiz apontou que, por mais que o laudo psiquiátrico tenha apontado para problemas de saúde mental sofridos pela brasileira, ela era responsável por suas ações. Ele disse também que, após o incidente, as outras funcionárias da HMP Wandsworth passaram a ser vítimas de abuso e assédio por parte de detentos. “Elas foram confrontadas com imagens sexualizadas sugerindo falsamente que sua conduta é típica. É inevitável que o dano pelo qual você foi responsável em Wandsworth tenha se espalhado, até certo ponto, pelo estado da prisão. Isso impactará a reputação do serviço prisional e, com isso, as perspectivas de recrutamento e retenção de pessoal”, concluiu o magistrado.



Fonte: TNH1