Ato mais que em voga nos dias atuais, a volta dos militares ao comando do país, pedido por algumas pessoas em atos políticos, contrasta com a decisão da Corte Interamericana de direitos Humanos (CorteIDH) que condenou o estado brasileiro pelo assassinato do jornalista Wladimir Herzog*, ocorrido em 1975 durante o período militar no país.
Enquanto que alguns desavisados insistem que a volta dos militares ao comando da nação trará benefícios e ordem à nação, a citada Corte também condenou o país pela Lei de Anistia (6.683/79) promulgada pelo general Figueiredo, em outubro de 79, que, entre outras disposições, extinguiu a possível punição a agentes do Estado que cometeram crimes como tortura, prisões ilegais e assassinatos. Meu Deus!!!
Para a referida corte, o estado brasileiro é o responsável direto pela violação ao direito a verdade e a integridade pessoal em prejuízo dos familiares do jornalista morto nos porões do DOI-CODI. Ainda segundo relatos, Wladimir Herzog chamado para depor, acabou preso e torturado, depois apareceu enforcado em uma das celas, levando a crer que o mesmo tinha cometido suicídio.
Esse é apenas um capítulo da terrível história deixada pelos militares no comando do país, ainda existem vários outros capítulos sangrentos que envergonham e maculam a história recente do Brasil.
Creio que a iniciativa dessas pessoas seja calcada em um modelo de ignorância, desconhecimento, pois a volta a um período recessivo nos causa um retrocesso sem tamanho. Apesar do quadro deprimente da política brasileira, a democracia deve ser preservada.
*Vladimir Herzog, nascido Vlado Herzog na Iugoslávia em 27 de junho de 1937, foi um jornalista, professor e dramaturgo brasileiro. (Wikipedia).