O café é alternativa de muitas pessoas para despertar, para manterem-se focadas e de bom humor ou mesmo para apreciar seu sabor e suas matizes. Uma das bebidas mais populares do mundo, o café é conhecido por seus benefícios para a saúde, mas também pelas consequências do seu consumo em excesso. Agora, uma nova pesquisa busca entender o efeito do café na rotina de exercícios.
Já está comprovado que as substâncias contidas no café têm efeitos diretos no sistema nervoso e afetam a concentração, fornecendo energia e aumentando o estado de alerta. Com poderes antioxidantes, o café também ajuda a reduzir os riscos de uma série de doenças como a diabetes.
Também existe uma relação direta da cafeína com a redução de dores musculares advindas de atividades físicas que propiciam a queima de gordura corporal. Em contrapartida, o café também pode afetar o intestino e intensifica condições gastrointestinais, como a gastrite.
Um estudo realizado na Suíça chamou a atenção dos esportistas: um relatório levantou a suspeita de que o café poderia impactar negativamente no rendimento físico a longo prazo. Segundo o cardiologista Philipp Kaufmann, do Hospital Universitário de Zurique, a cafeína não seria indicada antes da prática de esportes.
O médico Ricardo Cury, médico ortopedista e professor do Grupo de Cirurgia do Joelho e Trauma Esportivo da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, segue pela mesma linha e acredita que a combinação é perigosa: “Os estimulantes, de forma geral, têm propriedades que permitem maior poder de concentração e vigília, mas colaboram com o aumento da frequência cardíaca”.
O profissional completa dizendo que, a longo prazo, as consequências podem variar de aumento na pressão arterial a problemas de coração em pessoas que apresentem predisposição à doenças vasculares.
Roseli Rossi, nutricionista e diretora da clínica Equilíbrio Nutricional, acredita que a cafeína tem seus pontos positivos e negativos: “A cafeína tem sido considerada uma substância de auxílio ergogênico, que potencializa a performance durante a atividade física, pois atua como estimulante do sistema nervoso, aumentando a tensão dos músculos, além de ajudar na mobilização de substratos de energia para o trabalho muscular”.
Já para pessoas sensíveis à cafeína, o consumo de café não é recomendado e pode oferecer riscos ao sistema nervoso. No aspecto nutricional, a bebida possui substâncias, como tanino e fitato, que podem interferir na absorção e uso de nutrientes essenciais para o corpo humano.
A recomendação dos especialistas é que o consumo de café, seja com leite, em bebidas frias ou em um simples café expresso, deve acontecer duas horas antes ou depois das principais refeições do dia e que não deve ultrapassar as três xícaras diárias.
Os melhores alimentos para se consumir antes de práticas esportivas dependem do tipo de treino e dos objetivos de cada pessoa. De maneira geral, alimentos ricos em proteínas, por exemplo, podem ajudar na construção de músculos em treinos de resistência. Ao escolher uma refeição pré-treino, é importante procurar um equilíbrio de macronutrientes.
Os macronutrientes são compostos alimentares que o organismo necessita em grandes quantidades para funcionar corretamente. Os três macronutrientes são: proteínas, carboidratos, gordura.