Em mais uma ação do projeto Setembro Amarelo, o Ministério Público do Estado de Alagoas reuniu diversas entidades para levar à sociedade atividades de prevenção ao suicídio e contra a depressão, ansiedade e automutilação. Desta vez, os trabalhos foram desenvolvidos na Paróquia São Paulo Apóstolo, no Conjunto Salvador Lyra.

As ações foram coordenadas pela promotora de Justiça Micheline Tenório, coordenadora do Núcleo de Defesa da Saúde Pública do MPAL, e pela promotora de Justiça Hylza Paiva, que comanda o projeto Mensageiros da Esperança. Durante o bate-papo com a comunidade do bairro, elas falaram sobre a imitância da escuta acolhedora. “A saúde mental de uma pessoa quando está abalada precisa de uma escuta empática, sem julgamentos. Não nos cabe dizer que a sua dor é maior ou menor do que a dor de outro alguém, até porque só quem sabe do sofrimento pelo qual passa é o próprio indivíduo. A nós, fica a missão de ajudar, de acolher e de orientar, se for caso, para que esse alguém busque socorro psico-social ou psiquiátrico na rede de atenção, como os centros de referências especializados em assistência social”, explicou Micheline Tenório, diante de um salão paroquial lotado, na noite da última terça-feira (13). 

Ela também falou sobre a necessidade de não preconceituar a dor alheia: “A gente não sabe a realidade daquela pessoa. Muitas vezes, achamos que, pelo fato dela ter um bom trabalho e viver bem financeiramente, por exemplo, não teria motivos para estar em depressão. Mas, essa doença, que é um dos maus do século, não está ligada a classe social, status, religião ou qualquer outro fator. Não podemos colocar o nosso preconceito à frente e fazer um julgamento que a vítima não tem motivos para estar sofrendo. Respeitar a dor do próximo é um dever de cada um de nós”, acrescentou a promotora de Justiça.

Entidades de acolhimento

Durante o encontro, estiveram presentes representantes do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Acolha-me e do CavVida. As três entidades oferecem o serviço de escuta ativa e empática 24 horas. Eles também tiveram direito à fala e explicaram como as ONgs funcionam no atendimento ao público.

O contato com o CVV deve ser feito pelo 188; já o do Acolha-me funciona pelo telefone 3142-3722. O número do CaVida é o 98879-2710.

 

Fotos: Claudemir Mota 

 



Fonte: MPAL