Polícia Civil suspeita que assassinatos foram cometidos após jovem surtar
Uma cena de extrema violência, registrada nesta terça-feira (16), em um apartamento no bairro do Pinheiro, em Maceió, chocou até mesmo policiais experientes. Uma mãe encontrou os três filhos mortos a facadas e o local onde viviam coberto de sangue ao chegar do trabalho.
A Polícia Civil suspeita que um dos mortos tenha sofrido uma crise de bipolaridade e atacado as irmãs, travando uma luta corporal. Elas tiveram parte do pescoço cortado e não resistiram à gravidade dos ferimentos. Em seguida, o jovem teria se matado. Foram encontrados os corpos de Felipe Vasconcelos, de 20 anos; Maria Clara Vasconcelos, de 19 anos; e Amanda Vasconcelos, de 23 anos.
A mãe, que não teve o nome revelado, informou ao delegado de Homicídios, Ronilson Medeiros, que saiu para trabalhar às 11 horas de segunda-feira e só retornou do trabalho no início da noite desta terça. Ao chegar em casa, ela se deparou com os corpos espalhados pela casa.
Conforme o delegado, a mãe relatou que o filho sofria distúrbios psicológicos, o que teria motivado o crime. Ela explicou que ele era acompanhado por um médico desde criança, quando foi diagnosticado bipolaridade. No entanto, segundo ela, o filho teria parado o tratamento há cerca de dois anos.
O CRIME – Segundo o delegado Ronilson Medeiros, por volta das 11h dessa segunda, Felipe estava no computador enquanto que Maria Clara descansava em seu quarto e Amanda usava um notebook em outro cômodo da casa.
Felipe teria entrado no quarto de Maria Clara e a golpeado. Amanda teria ouvido o barulho e se levantado para ver o que estava acontecendo. Foi quando ela e Felipe teriam entrado em luta corporal e a garota teria levado dois golpes, um no ombro e outro no pescoço. Felipe foi ferido na barriga.
Porém, depois da briga, Felipe pegou a faca e teria dado dois golpes no próprio pescoço. Antes de morrer, contudo, ele escreveu com o próprio sangue a palavra “socorro”.
Nesta noite, muitos moradores da Rua Cícero Virgílio Torres, no bairro do Pinheiros, acompanhavam toda a movimentação dos peritos do Instituto Médico Legal (IML) e Instituto de Criminalística (IC).
Sem querer se identificarem,eles contaram que ouviram um barulho estranho, como se alguém estivesse quebrando os móveis dentro do apartamento. Mas como este barulho durou cerca de cinco minutos, eles teriam decidido não bater na porta.
Fonte: GazetaWeb