Provérbio popular bastante utilizado que aporta um significado onde o mais forte imputará ao mais fraco a culpa, ou dentre os imputados o mais fraco será o “bode expiatório”, e que mostra o lado perverso de algumas pessoas que se acham no direito de apontar o dedo – sujo – culpando outros por algum acontecimento negativo.
Essa ação consiste em todos os setores e em alguns momentos de nossas vidas, independente do lado que estejamos, mas vou canalizar para um evento atual, a Copa do Mundo de futebol que aflorou essa situação entre nós brasileiros que , apesar de sermos um país mestiço, carregamos em nossos ombros a marca da intolerância, machismo, racismo, dentre outros “ismos”.
A eliminação do escrete canarinho, foi mais uma vez o mote para esses imbecis de plantão destilarem seus “ismos” para aqueles que se encaixam nas chamadas “minorias”, mesmo pertencendo às classes mais povoadas, como é o caso do meio campista Fernandinho que teve suas redes sociais invadidas tendo sua dignidade pisada por alguns pessoas políticas, raciais e religiosamente corretas. No entanto, Fernandinho não é a primeira vítima desses babacas. Quem não lembra de Felipe Melo na Copa de 2010 realizada na África do Sul onde foi crucificado e apontado como principal responsável pela derrota, ou mesmo o goleiro Barbosa em 1950, quando perdemos para o Uruguai na final numa copa disputada no Brasil?
Quem serão essas pessoas que apontam o dedo sujo culpando negros nas derrotas da seleção? Será que são aquelas mesmas que vestiram a camisa amarela da seleção e foram às ruas nas manifestações?
Por que será que o goleiro Alisson, loiro e sulista não teve suas redes sociais invadidas?
Apesar de sermos um país onde a miscigenação fala mais alto, ainda tem aqueles que se acham “arianos” e destilam seu ódio e suas frustrações contra aqueles que estão inseridos nas camadas sociais mais baixas.