Os últimos acontecimentos que envolvem parte do judiciário brasileiro me deixam cada vez mais inconformados e com um sentimento de desproteção.
Desde os primeiros passos da Operação Lava Jato, sempre olhei ressabiado para as ações da trupe de toga, e cada vez mais me conscientizo que a justiça em nosso país é para alguns afortunados. Desde o grampo do senador declaradamente corrupto Romero Jucá (MDB), onde dizia em letras garrafais que tirar Dilma do poder era uma questão de sobrevivência (pra eles!) e fazia parte de um grande acordo nacional com STF e tudo, cheguei a conclusão que a justiça brasileira (ou grande parte dela) é partidária.
As últimas declarações do desembargador do TRF4, Gebran Neto que saíram na coluna Radar da revista Veja, me deixaram estupefato e vi que – cada vez mais – tenho a certeza que meu posicionamento contra parte da justiça brasileira está certíssimo. Tal declaração que deixou a sociedade brasileira – em sua maioria – enojada assumiu que o desembargador juntamente com o “heroi” Moro “atropelaram” a decisão de Rogério Favretto, atropelando a lei e escancarando o partidarismo dos juízes envolvidos; inclusive o nobre jurista afirmou que aquela sua decisão – mesmo que ilegal – era a única saída para impedir a liberação de Luis Inácio Lula da Silva da prisão.
Outras ações no mesmo caso ratificaram toda minha indignação, pois ficou escancarado um abandono do mínimo formalismo jurídico, pois através de telefonema de Gebran, Moro, Thompson Flores e a procuradora geral da União Raquel Dodge impediram a PF de com sua obrigação cumprir uma decisão judicial.
Ah! vale salientar que Gebran Neto e Sérgio “heroi” Moro estavam gozando de suas incontáveis férias, talvez gastando os penduricalhos que não são poucos.