Os últimos acontecimentos na política do país, levaram os brasileiros a uma reflexão mais aprofundada dos fatos que se avolumam e estão prestes a tomar forma. O alvo dessa vez, não é mais o eleitor que vai às ruas e demonstra seu posicionamento pautado em suas convicções, e sim, o STF e o TSE.
Nas últimas semanas, explodiu no país atos de selvageria contra essas pessoas que pensam politicamente diferente do grupo que segue na dianteira na corrida para presidente da república encabeçada pelo deputado federal Jair Bolsonaro.
Vários atos de agressão foram mostrados nos meios de comunicação, inclusive a morte de um capoeirista baiano que sofreu 12 punhaladas por declarar seu voto no Partido dos Trabalhadores; até o nonagenário avô da candidata a vice presidente Manuela D’avila, segundo ela, sofreu agressão verbal de simpatizantes do clã Bolsonaro.
No entanto, a metralhadora de agressões verbais e estupidez voltou-se para o STF que é simplesmente a mais alta instância do poder judiciário brasileiro. Primeiramente foi o senhor Eduardo Bolsonaro que em uma palestra pra estudantes, ao responder a uma pergunta formulada sobre a possibilidade do órgão impedir a posse do pai, em caso de vitória; o projeto de ditador falou que bastava apenas um cabo e um soldado para fechar o órgão.
Porém, declarações do tipo emitidas da boca santa do deputado por São Paulo são constantes, em um discurso registrado pela TV Câmara, o “cidadão” critica e diz apoiar mudanças no composição de ministros, apoiando ideia do seu pai, além de desqualificar os atuais ministros sobrando até para a procuradora geral Raquel Dodge.
Como se não bastasse as infelizes declarações do candidato a vice presidente General Mourão, agora foi a vez do coronel da reserva Carlos Alves, apontar a metralhadora para a presidente do TSE, ministra Rosa Weber. O dublê de ditador além de xingar a ministra, ainda taxou-a de corrupta por ela ter se reunido com membros do partido dos Trabalhadores que foram ao tribunal pedir providências na ação movida pelo partido contra o suposto esquema ilegal para beneficiar o candidato adversário Jair Bolsonaro por meio do envio em massa de mensagens pelo WhatsApp.
Levando em consideração esses lamentáveis acontecimentos, a população brasileira vê a possibilidade de perder a tão almejada democracia conquistada a duras penas por jovens que se rebelaram contra o sistema corrupto e ditatorial dos militares que se instalou no país entre 1964 a 1985, onde vários brasileiros foram torturados e mortos nos porões do DOI-CODI, muitos deles sem ter o sagrado direito de serem enterrados, muitas das vítimas crianças estupradas e assassinadas a sangue frio.
Essa é a situação que vai tomando forma em nosso país, a partir de 1º de janeiro, são grandes as chances de nos tornarmos um país dirigido pela mão pesado de um ditador que se esconde atrás de sua incompetência, das ações covardes de alguns de seus seguidores e da ação de um louco que lhe feriu com uma faca, fato esse que alavancou sua candidatura.
Depois não digam que não foram avisados.