Foi com muita tristeza que recebemos a notícia do fim da circulação diária da versão impressa do Jornal Gazeta de Alagoas, maior jornal impresso no estado.
Na verdade, segundo nota enviada aos leitores e colaboradores na edição de fim de semana, a medida segue uma tendência mundial de grandes jornais que se adequaram à realidade imposta pela rede mundial de computadores, no entanto, fontes fidedignas nos garantem que a medida é apenas uma tentativa de reduzir gastos, inclusive com a demissão de vários profissionais.
Ainda segundo a nota que veio na edição número 4527, a versão impressa estará nas ruas apenas aos finais de semana, mas para pessoas – como essa que vos escreve – que liam diariamente fica um imenso vazio, pois há exatos 11 anos eu era assinante da Gazeta.
Em sua página no Facebook, o premiado jornalista Fernando Vinícius, inclusive premiado com matéria na própria Gazeta lamenta o ocorrido e emite nota de pesar.
Vale salientar que a versão impressa da Gazeta de Alagoas a oitenta e quatro anos circula pelas cidades alagoanas.
Leia abaixo a nota do jornalista penedense:
Aos amigos gazeteanos
O diário de maior circulação de Alagoas chegou ao fim. Notícia triste sobre a minha melhor escola no jornalismo, local onde fiz amizades e reencontrei colegas da Ufal durante os 5 anos de serviço nas sucursais Maragogi e Arapiraca, pouco tempo de trabalho de uma riqueza profissional imensurável.
Mesmo fora da empresa desde 2010, qdo uma proposta de trabalho em um site de notícias me trouxe de volta a Penedo, nunca deixei de estar com vcs, mesmo como leitor ou nos contatos eventuais.
Agora, o que se temia virou fato que gera desemprego e incertezas. O corte de pessoal atinge gente querida, alguns presentes na imagem que escolhi para o post, foto comemorativa de um aniversário do editor Mário Lima que reúne o ‘povo da redação’ do período que fiz parte da equipe.
Não estou na imagem prq a edição do caderno de municípios na ocasião estava a cargo dos jornalistas Maikel Marques e Severino Carvalho, dois garimpeiros de informações de qualidade apuradas longe da ‘matriz’, labuta que me moldou no exercício da profissão.
Ainda sobre a foto, alguns já nem estão mais na Gazeta, iguais a mim. Outros foram atingidos pela ação que transformou o diário em um semanário. A todos, minha solidariedade e meu agradecimento, em lágrimas, por tudo que aprendi.