Vina Guerreiro, militante que ameaçou Bolsonaro de morte, será investigado pela PF

Sergio Moro, mandou a Polícia Federal investigar ameaças ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), que teriam sido feitas por um youtuber.

Vina Guerreiro publicou um vídeo nas redes sociais sugerindo que o presidente Bolsonaro e seus filhos fossem assassinados. ‘Ele tem que ser assassinado, ele e a família’, disse o jornalista em vídeo

Em ofício ao diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo, o ministro afirma que, “diante da gravidade dos fatos narrados, requisita à PF a abertura de inquérito e adoção de providências imediatas com vistas à apuração do caso”.

“Para o crime contra a honra, a requisição se faz com base no art. 145, parágrafo único, do CP, para o crime de incitação, a ação penal é pública incondicionada”, anota Moro.

“Sugere-se ainda ao Senhor Presidente que encaminhe ao subscritor representação para o crime de ameaça do art. 147 do CP, já que a lei estabelece esta condição de procedibilidade, sendo que então providenciaremos o encaminhamento dela à Polícia Federal”, diz o ministro.

Veja vídeo

Moro ainda pede que seja avaliado “se as condutas não se enquadram em crimes mais graves, como nos previstos na Lei nº 7.170/1983” – Lei de Segurança Nacional.

Afastamento

O Diretório Municipal do PDT de São Paulo afirmou, por meio de nota, que o youtuber Vina Guerreiro, coordenador do Movimento Comunitário Trabalhista da capital paulista, foi afastado de suas funções partidárias, após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, solicitar à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar suposta prática de crimes de ameaça, incitação à violência e contra a honra do presidente Jair Bolsonaro.

O PDT de São Paulo também informou que irá levar o caso de Guerreiro à Comissão de Ética do partido e solicitará sua expulsão na próxima reunião executiva da legenda, na sexta-feira.

Moro também pediu à PF que verifique se há possibilidade de enquadrar os atos do youtuber na Lei de Segurança Nacional.

Confira a nota do diretório municipal na íntegra:

“O PDT/SP da Capital vem por meio desta nota repudiar as declarações de ameaça de um filiado de nosso partido que foram colocadas publicamente em seu canal no Youtube e amplamente divulgadas pela imprensa no dia de hoje.

Gostaríamos de deixar muito claro que trata-se de uma ação puramente individual e isolada na qual o PDT da cidade de São Paulo não participa ou coaduna de absolutamente nenhuma maneira. Não compactuamos com o autoritarismo, venha ele de onde vier, seja da direita, seja da esquerda. O Diretório Municipal do Partido Democrático Trabalhista de São Paulo defende a democracia e condena todo tipo de incitação à violência, de radicalização, de ataques pessoais e de manifestações que estimulam o ódio e prejudicam a construção do diálogo e unidade do nosso povo.

Tal como colocado em nosso manifesto na fundação de nosso partido, a alternativa Democrática Trabalhista da qual somos fiadores é a de firme e sistematicamente, através de políticos e decisões democráticas, promover e realizar a eliminação dos privilégios internos e todos os fatores de nossa dependência externa.

O PDT da cidade de São Paulo, portanto, afastou o filiado das atividades partidárias e encaminhará o caso para as devidas instâncias superiores (Comissão de Ética) nesta próxima sexta-feira, em sua reunião Executiva, para que sejam tomadas as medidas éticas previstas nas normas estatutárias.

Diretório do PDT/SP da Capital”