O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, criticou nessa segunda-feira (15) a condução do processo da Lava Jato em Curitiba, nas mãos do juíz do Sergio Moro. Em entrevista ao programa Canal Livre, da Rede Bandeirantes, o magistrado declarou que “um juíz não pode ser sócio da investigação”.
Gilmar Mendes falou que Sergio Moro avaliou a denúncia, antes de recebé-la de forma oficial, cerca de sete meses antes da matéria chegar a Curitiba. O que houve no fim das contas foi um “consórcio inequívoco entre procuradores e o juíz Sergio Moro”.
O ministro comentou ainda que a inclusão do assunto “Petrobras” no processo se deu devido à necessidade de possibilitar que o então juiz Sergio Moro reunisse competência legal para julgar o caso, conforme a lei da Justiça brasileira.
Gilmar Mendes defende Fachin
O magistrado defendeu o ministro Edson Fachin, que foi ameaçado de morte, junto de sua família, após tomar a decisão que suspendeu as condenações de Sergio Moro contra Lula.
“Decisões judiciais podem ser recorridas ou criticadas, mas nunca por meio do discurso do ódio e da pressão autoritária”, defendeu ele. “Ameaças e perseguições não impedirão o STF de continuar a proteger os direitos fundamentais e a Constituição Federal de 88”.
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Fonte: Notícias Concursos