Advogado: Jontay Porter estava ‘perdido’ com o vício do jogo


Jontay Porter, o ex-atacante do Toronto Raptors que foi banido da NBA por causa de um escândalo de apostas esportivas, estava “perdido” com o vício do jogo, disse seu advogado na sexta-feira.

Jeff Jensen, advogado de investigações do governo em St. Louis, também disse em comunicado à Associated Press que Porter está cooperando com os investigadores.

“Jontay é um bom jovem com forte fé que o ajudará a superar isso. Ele estava perdido devido ao vício do jogo. Ele está em tratamento e tem cooperado totalmente com as autoridades”, disse Jensen.

Foi sua primeira declaração desde que uma investigação da liga descobriu que Porter divulgou informações confidenciais a apostadores esportivos e apostou em jogos, incluindo apostas na derrota do Raptors.

Também na sexta-feira, um quarto homem foi preso no escândalo, quando Ammar Awawdeh, 32 anos, se entregou após as prisões de três co-réus no início desta semana.

Uma queixa judicial acusa Awawdeh de pressionar um atleta da NBA, identificado apenas como “Jogador 1”, a resolver dívidas de jogo abandonando os jogos mais cedo. A tática, que os dois chamaram de “especial”, garantiria um prêmio para quem apostasse nele com desempenho inferior nesses jogos, segundo o documento.

Usando um aplicativo de mensagens criptografadas, Awawdeh escreveu no início deste ano que estava “forçando” o jogador a fazer isso e disse-lhe: “Faça uma captura de tela disso”, dizia a denúncia.

Awawdeh, que ajuda a administrar as lojas de esquina de sua família em Nova York, foi processado e libertado sob fiança de US$ 100 mil para prisão domiciliar, com monitoramento de tornozelo. Seu advogado, Alan Gerson, não quis comentar as acusações.

Porter não é acusado no caso nem citado na reclamação. Mas os detalhes sobre o Jogador 1 coincidem com os de uma investigação da NBA que resultou em sua suspensão vitalícia em abril. A liga descobriu que ele apostou em jogos da NBA em que não jogou e retirou-se de pelo menos um para que uma aposta pagasse mais de US$ 1 milhão para um apostador que havia sido avisado.

Awawdeh e seus co-réus – Timothy McCormack, Mahmud Mollah e Long Phi Pham – usaram conhecimento prévio dos planos do Jogador 1 para que eles ou seus parentes pudessem fazer apostas lucrativas em seu desempenho nos jogos de 26 de janeiro e 20 de março, de acordo com o reclamação.

Porter jogou apenas brevemente nessas datas antes de deixar a quadra reclamando de lesão ou doença.

Uma empresa de apostas finalmente impediu Mollah de coletar a maior parte de seus mais de US$ 1 milhão em ganhos no jogo de 20 de março, de acordo com a denúncia.

Os réus, acusados ​​de conspiração para cometer fraude eletrônica, não contestaram. Seus advogados se recusaram a comentar, exceto o advogado de McCormack, Jeffrey Chartier, que disse que “nenhum caso é certeiro”.

A Associated Press contribuiu para este relatório.



Fonte: Espn