Cesar Almeida pode ainda ser muito inexperiente para competir com a elite do UFC, principalmente aqueles que vêm do wrestling, mas está dando o seu melhor na academia para diminuir essa lacuna.
“Cesinha” construiu uma longa carreira no kickboxing antes de se comprometer totalmente com o MMA em 2021, e levou apenas dois anos para conseguir contrato com o UFC por meio de Dana BrancoSérie de Concorrentes. Em sua luta mais recente, uma vitória sobre Ihor Potieria, ele fez camp ao lado do campeão do UFC Alex Pereira, contra quem venceu 1-2 no kickboxing. Agora, para enfrentar Abdul Razak Alhassan no UFC Vegas 101, no dia 11 de janeiro, ele voltou para casa, em Las Vegas, para treinar com nomes como Sean Strickland e Chris Curtis.
“Um dia desses eu estava fazendo um flashback da minha carreira e treinei com [Nogueira brothers] ‘Minotauro’ e ‘Minotouro’, com ‘Jacaré’ [Souza]então estou aprendendo há muito tempo”, disse Almeida ao MMA Fighting. “Sou um cara novo no MMA, acho que sou o menos experiente no [UFC] elenco, mas venho aprendendo muito nessas últimas quatro lutas que fiz desde o Contender porque agora comecei a me dedicar apenas ao MMA.
“Estando com esses caras, consigo a intensidade e a energia que eles têm, a força de vontade. Você pega algo de todos eles e cresce ainda mais. É ótimo estar perto deles porque sinto que eles também me querem por perto porque veem que tenho algo. Eles veem que tenho futuro no UFC. Foi ótimo fazer parte de todos esses acampamentos porque a energia é diferente. Eles são campeões. Você vê como eles funcionam e como lidam com as adversidades no acampamento, e isso te motiva. Aprendi muito no ano passado.”
O outro lado de treinar com muitos lutadores da sua categoria de peso, incluindo um eventual parceiro de treino, Caio Borralho, é que você pode ter que enfrentá-lo no UFC. Almeida disse que treinar juntos significa evoluir todos como atletas, então “não dá para ser egoísta”, e competir contra um amigo faz parte do trabalho.
Curtis dividirá o card no sábado à noite, enfrentando o ex-adversário de Almeida, Roman Kopylov, e Strickland está reservado para revanche com Dricus Du Plessis pelo título dos médios no UFC 312, em 8 de fevereiro.
“Ele merece”, disse Almeida sobre Strickland. “Ele trabalha tanto. Ele é meio maluco, mas é muito honesto, sabe? E vejo que ele está muito motivado. Sean nunca para de treinar. Ele se tornou campeão e no dia seguinte voltou à academia para treinar, e é isso que faz dele um campeão. Acho que ele venceu a primeira luta do Dricus e acho que dessa vez ele está voltando melhor. Acho que ele recupera o cinturão.”
Almeida vê o confronto até 185 libras com Alhassan neste final de semana, no UFC APEX, como uma luta perigosa, principalmente nos primeiros minutos de cada round, mas não espera que Alhassan mantenha o mesmo ritmo por muito mais tempo.
“O final do round é a melhor opção para a gente começar a trabalhar e fazer ele errar, fazer ele gastar energia e ir para a finalização”, disse Almeida. “É uma luta perigosa para ambos e por isso marcaram essa luta. Eles querem ver sangue [laughs].”
Almeida admite que sua última vitória não foi tão emocionante quanto esperava e diz que às vezes é preciso priorizar as vitórias em detrimento dos espetáculos. Mas esse não é o caso contra Alhassan.
“Teremos que arriscar dessa vez porque ele é um nocauteador”, disse Almeida. “Vou tentar a mesma coisa, mas temos que estar preparados para tudo. A luta contra Kopylov foi uma lição. Não esperávamos que ele tentasse quedas e isso me pegou de surpresa. Estamos preparados para tudo agora, o pior e o melhor. Não há lutas fáceis aqui, mas estamos prontos.”