Grupos de escolas, estudantes de graduação e pós-graduação e população geral podem agendar a visita através do site
Raissa Matias / Ascom IMA
O Herbário MAC é um centro de pesquisa que faz parte do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) e tem como missão catalogar e identificar espécimes de flora alagoana, assim como educar e incentivar a conservação de biodiversidade no estado. E é por isso que existe o projeto “Herbário de Portas Abertas”, no qual a população pode conhecer e entender a importância das coleções biológicas para a diversidade.
“No projeto nós recebemos o pessoal para conhecer o herbário e entender o que é a coleção botânica que temos aqui no IMA. Eles aprendem o que é um herbário, como funciona, quais são as coleções que temos, aí mostramos como é feito o processamento das amostras até chegar à coleção principal. Mostramos o banco de dados, a digitalização, a carpoteca, que é uma coleção de frutos e sementes do nosso estado. Falamos sobre a importância dessas coleções para a conservação da biodiversidade e para o conhecimento sobre elas aqui em Alagoas”, explicou a bióloga e consultora ambiental do IMA, Erlande Lins.
O Herbário MAC desempenha um papel fundamental quando se trata do conhecimento sobre a flora alagoana, já que trabalha diretamente com a vegetação existente no estado. Segundo a bióloga, é feito um trabalho de identificação e armazenamento das plantas, e esses dados indicam quais espécies são raras ou estão em extinção, quais são comuns, como é feita a distribuição delas, e a partir deste estudo é formada uma base para outras pesquisas.
“Por exemplo, algumas pessoas trabalham com fármacos produzidos com substâncias que são extraídas de plantas e, para isso, é preciso saber que planta é essa. Ou então, a pessoa acaba trabalhando com a extração da substância de uma planta e vai elaborar um cosmético ou algum outro produto que vai ser levado para a comunidade depois. Ela deixa uma amostra no herbário e qualquer pessoa pode consultar depois.”
Esses exemplares também são essenciais para o trabalho de reflorestamento, pois o banco de dados mostra os tipos de plantas existentes no território alagoano e é possível ver a distribuição geográfica dessas espécies, o que ajuda na reestruturação e faz com que ela seja mais assertiva e produtiva a longo prazo.
“Nós só conseguimos conservar e preservar o que conhecemos. A partir do momento que conhecemos a nossa flora, conseguimos também entender quais são as necessidades para a conservação. E é assim que podem surgir políticas públicas, partindo dos órgãos responsáveis, para que isso seja possível”, revelou a bióloga.
O que pode ser visto no acervo do Herbário MAC?
A coleção do herbário conta com aproximadamente 73 mil amostras de plantas que representam a flora alagoana. Durante a visitação, o público aprende o passo a passo de tudo que acontece no centro de pesquisa, desde o momento da coleta até a catalogação do espécime.
“O pessoal vai conhecer as coleções de plantas, fungos, algas e frutos que nós temos aqui no herbário e que são do nosso estado. Vai entender a representatividade da biodiversidade de flora que temos e qual a importância, tanto para o ser humano quanto para a natureza, da conservação da flora a partir do que a gente conhece nos herbários”, detalhou Lins.
Além disso, como todo o acervo de amostras e seus dados são digitalizados e disponibilizados online, qualquer pessoa em Alagoas, no Brasil e no mundo pode ter acesso através do link https://specieslink.net/search/.
Como visitar o Herbário MAC?
As visitas podem ser agendadas clicando aqui. Também é possível acessá-lo pela bio do Instagram ou no banner na página inicial do site do IMA.
É necessário preencher um formulário com as informações sobre a visita, como quem será o responsável, a quantidade de pessoas, o objetivo do passeio, entre outras questões. A visitação é realizada nas terças e quintas-feiras pela manhã, em grupos de 5 a 35 visitantes.
Em 2024 foram recebidos 576 alunos. A maior parte do público é composta de estudantes do ensino fundamental 2 (do 6º ao 9º ano), do ensino médio e das graduações. Mas a comunidade em geral também é aguardada e incentivada a visitar o centro de pesquisa.
Fonte: IMA/AL
