Elon Musk foi aconselhado pela União Europeia (UE) a empregar mais moderadores humanos e verificadores de fatos para examinar postagens no Twitter. A demanda surge quando a UE está prestes a implementar a Lei de Serviços Digitais, que obriga as plataformas de internet a implementar medidas específicas contra conteúdo ilegal, de acordo com um relatório do Financial Times.
O relatório afirma que Musk demitiu mais da metade dos 7.500 funcionários do Twitter, incluindo equipes inteiras de confiança e segurança em alguns escritórios, em um esforço para reestruturar o negócio deficitário que adquiriu por US$ 44 bilhões em outubro. No entanto, a demanda da UE por maior moderação complica o processo de racionalização das operações da empresa, sem deixar de cumprir a legislação futura.
O Twitter tem se apoiado fortemente na automação para moderar o conteúdo, reduzindo a necessidade de revisões manuais. Ao contrário de concorrentes maiores, como a Meta Platforms Inc (dona do Facebook e do Instagram), o Twitter atualmente não emprega verificadores de fatos.
Em uma videochamada em janeiro, o chefe da indústria da UE, Thierry Breton, alertou Musk sobre os desafios significativos que o Twitter enfrenta na aplicação de políticas de uso transparente, reforçando a moderação de conteúdo e protegendo a liberdade de expressão. Sem um maior investimento em esforços de moderação, a capacidade do Twitter de cumprir a Lei de Serviços Digitais pode ser questionada.
O relatório conclui que as medidas de corte de custos de Musk levaram a preocupações sobre a conformidade do Twitter com os regulamentos, bem como a capacidade do gigante da mídia social de monitorar e remover conteúdo ilegal. A pressão da UE por maior moderação pode forçar Musk a reavaliar sua estratégia e potencialmente aumentar os níveis de pessoal para cumprir a legislação.
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