Bruno Silva vai apelar da derrota no UFC Atlantic City, diz que Chris Weidman ‘agiu de má fé’ com várias cutucadas nos olhos


Bruno Silva não está satisfeito com a forma como Chris Weidman e o árbitro Gary Copeland atuaram no UFC Atlantic City.

“Blindado” levou uma cutucada no olho no segundo round no sábado à noite no Boardwalk Hall e outras duas cutucadas no olho o forçaram a cair na tela de dor. Weidman seguiu com socos até que Copeland pediu o nocaute técnico. Silva protestou imediatamente e o replay mostrou que o brasileiro levou dois golpes no olho durante o ataque final de Weidman.

“O árbitro foi bizarro”, disse Silva em entrevista ao MMA Fighting no domingo. “Ele estragou tudo e depois estragou tudo ainda por cima. O mínimo que eles poderiam fazer é não haver competição. Sem chance. Ele colocou o dedo dentro do meu olho.”

Em vez de decidir que não há contestação, a comissão considerou o resultado uma decisão técnica a favor de Weidman. Todos os três juízes deram vitória ao ex-campeão em ambos os rounds, além de 10-9 nos 2:18 que durou a estrofe final. Silva sentiu que a comissão de Nova Jersey favoreceu injustamente o nativo de Nova York com suas ligações e entrará com um recurso junto à comissão.

“Achamos que é difícil para Chris Weidman aceitar uma revanche, mas o no-contest seria justo”, disse Silva. “Vamos ver o que o UFC faz. Eu só quero que as coisas sejam feitas da maneira certa, da maneira justa. Eu fui lá e lutei e você não viu nenhuma maldade da minha parte.”

“Achei que o árbitro estava parando por causa do meu olho, mas então vi [Weidman] comemorando”, continuou ele. “Eu estava tipo, ‘De jeito nenhum isso me nocauteou. Nunca fui nocauteado em minha carreira. Voltei com muita raiva, mandando o árbitro olhar para o telão. Eu queria bater nele, mas sabia que isso iria acabar com a minha carreira. Eu tive que me controlar lá.

“Fui ao backstage médico e meu cornerman disse que mudaram o resultado e me senti aliviado porque não houve nocaute. Achei que eles iriam decidir que não havia competição, mas então ele disse que foi uma vitória unânime. Eu não entendi. Ele me cutucou no olho no segundo round, me cutucou no terceiro, e ainda é uma vitória por decisão unânime para ele?”

Silva disse que não ficou bravo com Weidman no início, mas mudou sua visão sobre a situação ao assistir novamente a luta no hotel do lutador.

“Chris Weidman agiu de má fé”, disse Silva. “É dito [by the referee] no vestiário que você não pode lutar com os dedos apontando para frente, deve ser para cima ou com as mãos fechadas. Ele passou a luta inteira com o dedo apontando para o meu rosto, e ainda comemorou por ter me nocauteado.”

Weidman disse na entrevista pós-luta que a culpa foi de Silva porque “você não pode cair no chão assim se levar uma picada no olho. Você tem que ficar de pé. Você não pode simplesmente cair. Ele fez isso três vezes e isso o alcançou.”

“O que ele queria que eu fizesse, que sorrisse para a cara dele?” Silva respondeu. “Ele colocou o dedo dentro do meu olho. Era o meu olho, não o dele. Ser repreendido pelo cara que está errado é inacreditável, certo?

Silva foi respeitoso com Weidman como lenda do esporte no episódio da semana passada do MMA Fighting’s Trocação Franca podcast, mas não seria tão legal se eles formassem dupla para uma revanche um dia.

“Nunca gostei do Chris Weidman pela forma como ele lidou com a fratura da perna do Anderson Silva, mas sempre procuro ver isso como um profissional”, disse Silva. “Eu não o conheci pessoalmente. A gente se viu um dia antes da pesagem e eu não ia falar com ele, mas ele veio até mim e apertou minha mão, me desejou boa sorte. Não houve animosidade durante a luta, estávamos lá para brigar, e fiquei bravo com o árbitro quando a luta acabou.

“Mas quando cheguei no hotel e assisti a luta, p***, ele foi muito desleal. Ele sabe o que fez, mas ser homem corre risco de extinção. De jeito nenhum ele diria que está errado, que poderíamos fazer uma revanche. Ele não fará isso. Eu nem espero isso. Só homens fariam isso, pessoas com caráter. Também não vou ficar aqui desrespeitando ele, mas quando voltarmos a lutar vai ser diferente. Não haverá mais lealdade.”



Fonte: mma fighting