Na cidade ribeirinha, a SESAU tem suspeita de cinco casos de microcefalia.
A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) informou, nesta segunda-feira (30), que 59 casos suspeitos de microcefalia estão sendo investigados. Destes, 54 foram de notificação em bebês recém-nascidos e os outros cinco se tratram de casos intrauterinos, identificados por meio de ultrassonografia.
Segundo a assessoria de comunicação da Sesau, a confirmação da doença só acontece depois de um tempo do nascimento da criança e, por conta disso, os casos relatados ainda estão no estágio de investigação.
De acordo com a Sesau, este número é referente às notificações enviadas pelos municípios alagoanos ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS-AL).
Na última terça-feira (24), a Sesau havia informado que o número de casos suspeitos chegava a 42.
Ao todo, houve 21 registros da doença em Santana do Ipanema, 15 em Maceió, 5 em Delmiro Gouveia, 5 em Penedo, 4 em Palmeira dos Índios, 3 em Arapiraca e 1 em União dos Palmares, totalizando 54 casos em recém-nascidos.
Dos casos intrauterinos, duas suspeitas foram informadas em Porto Calvo, e uma nos municípios de Arapiraca, Girau do Ponciano e Canapi, o que totaliza 5.
Os casos distribuídos por municípios apresentam uma diferença do que foi informado no último dia 24, quando na lista também aparecia o município de Teotônio Vilela e um caso a mais em Maceió. Segundo a Sesau houve uma redistribuição de dados porque antes se considerava o local onde o bebê nasceu, e agora se considera o local onde o bebê reside.
De acordo com um Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde nesta segunda, Alagoas ocupa o 5º lugar na lista de casos de microcefalia em investigação no Brasil. Na primeira posição está o estado de Pernambuco, com 646, em seguida o estado da Paraíba, com 248, Rio Grande do Norte, com 79, e Sergipe, com 77.
Ligação com zika vírus
Com base no resultado de exames realizados em um bebê, nascido no Ceará, o Ministério da Saúde confirmou no sábado (28) a relação entre o zika vírus e o surto de microcefalia na região Nordeste.
Em nota, o ministério confirmou o resultado do Instituto Evandro Chagas, que anunciou ter identificado a presença do zika vírus em amostras de sangue e tecidos deste bebê. Segundo o instituto, o bebê apresentava microcefalia e outras malformações congênitas, e que acabou morrendo.
Fonte: G1/AL