Empresas apresentam diagnósticos hidroambientais de nascentes no Baixo São Francisco

Empresas apresentam diagnósticos hidroambientais de nascentes no Baixo São Francisco
Nascente rio Boacica em área da aldeia Tingui Botó. Arquivo CBHSF

As empresas responsáveis pelos trabalhos de diagnósticos hidroambientais de nascentes no Baixo São Francisco apresentaram ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) o estágio atual das atividades realizadas.

A reunião, promovida nesta terça-feira (25 de setembro) no auditório do Hotel Ponta Verde, em Maceió (AL), contou com a participação das empresas Embaúba e Saneamb, que realizam o trabalho em Alagoas e Sergipe.

A Saneamb apresentou o relatório referente às intervenções promovidas na bacia hidrográfica do Rio Betume, em Sergipe.  O Rio Betume é um dos três principais afluentes da margem direita do Rio São Francisco, sendo uma das bacias hidrográficas mais importantes daquele Estado.

A bacia hidrográfica do Betume compreende os municípios de Japoatã, Muribeca, Neópolis, Ilha das Flores, Pacatuba e Japaratuba, numa área de 123 mil hectares.

A empresa Embaúba apresentou o saldo do trabalho realizado nas bacias hidrográficas dos rios Boacica e Perucaba, ambos em Alagoas. A bacia do Perucaba é composta pelos municípios de Girau do Ponciano, Arapiraca, Lagoa da Canoa, Feira Grande, São Sebastião, Igreja Nova e Penedo.

Já a bacia hidrográfica do Rio Boacica é composta pelos municípios de Girau do Ponciano, Lagoa da Canoa, Campo Grande, Feira Grande, Igreja Nova, São Sebastião, Porto Real do Colégio e Penedo, no estado de Alagoas.

Foram apresentados pelas empresas o estágio das ações, o material utilizado e a técnica aplicada em cada uma das nascentes. No total, mais de 350 nascentes estão inseridas nas bacias hidrográficas.

O diretor técnico da Peixe Vivo, agência delegatária do CBHSF, Alberto Simon, explicou que o encontro é necessário para que seja dado conhecimento das ações executadas, além de reduzir questionamentos apresentados em algumas reuniões do próprio colegiado.

“O Comitê tem investido nessas ações de recuperação e precisamos conhecer como o trabalho vem sendo executado, os detalhes técnicos, qual material utilizado, entre outros detalhes”, explica Simon.

O presidente do CBHSF, Anivaldo Miranda, lembrou que o colegiado tem investido fortemente em recuperação hidroambiental, com vistas a garantir mais qualidade e quantidade de água para o Velho Chico.

“Mas é essencial a atenção para quais áreas podem, realmente, ser sustentáveis”, ponderou. Miranda solicitou das empresas uma atenção maior na mobilização junto às comunidades, para que as mantenham preservadas.

Coordenador da Câmara Consultiva Regional (CCR) do Baixo São Francisco, Honey Gama, destacou a necessidade de incluir nas cartilhas de cada um dos projetos, um pequeno histórico do CBHSF.

Membro do Comitê, Melchior Carlos do Nascimento alertou para a necessidade de, nesse tipo de ação, garantir o empoderamento de cada uma das comunidades atendidas.

A coordenadora da Câmara Técnica de Planos, Programas e Projetos (CTPPP), Ana Catarina Pires de Azevedo Lopes e a secretária da CCR do Baixo, Rosa Cecília dos Santos, também apresentaram sugestões para a melhoria da atuação das empresas junto ao público contemplado com a recuperação das nascentes.

Fonte CBHSF