Ministro do STF defende que o ex-presidente fique em liberdade até que a Corte analise o habeas corpus que pede suspeição de Moro
Em sessão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta terça-feira, 25 de junho, o ministro Gilmar Mendes defendeu que o ex-presidente Lula seja solto imediatamente.
A Corte analisaria hoje um habeas corpus do presidente, mas a análise acabou adiada. Gilmar, porém, concordou com a tese da defesa de que o ex-presidente não poderia ficar preso esperando uma definição do Judiciário sobre o tema.
A partir do posicionamento de Gilmar, os ministros decidiram analisar hoje o habeas corpus, conforme estava previsto inicialmente.
“Diante das razões que eu expus, e do congestionamento da pauta, havia indicado o adiamento. Tem razão o nobre advogado quando alega o alongamento desse período de prisão diante da sentença e condenação confirmada em segundo grau. Como temos toda a ordem de trabalho organizada, o que eu proponho é de fato conceder uma medida para que o paciente aguardasse em liberdade a nossa deliberação completa. Encaminharia nesse sentido, se a o colegiado assim entendesse.”
Os demais ministros ainda não se manifestaram sobre a sugestão de Gilmar Mendes. Há uma discussão sobre o direito ou não de que o advogado de Lula, Cristiano Zanin, possa usar a tribuna para sustentar a tese da defesa. Resolvida essa questão, os ministros poderiam partir para o julgamento.
Fonte: O Tempo