O Barcelona que começou a LaLiga de forma exibicionista, transformou-se na pior equipa das últimas cinco jornadas, e fechará a primeira jornada frente ao melhor deste ciclo, o Atlético de Madrid.
BARCELONA – O Barcelona olha para si mesmo e não se reconhece. Pior ainda, ele não acredita. Ele não entende, nem entende, como em menos de dois meses passou de um rolo compressor a um colapso com tudo. ‘A Liga está falhando’, atrevem-se a prever alguns, que são os mesmos que deram o título como garantido na tarde em que venceram o Espanyol (3-1)…
Por mais difícil, quase impossível, que possa parecer dizer, a equipa de Hansi Flick, que é co-líder juntamente com o Atlético de Madrid (embora com mais um jogo), é a ‘bottom’ das últimas cinco jornadas, tendo somado apenas dois pontos (o 1-5 em Maiorca foi avançado e pertence à 19.ª jornada). O nunca visto.
Nem o Barça foi infalível em Setembro/Outubro nem é uma calamidade em Novembro/Dezembro. Em condições normais, teriam recuperado frente a uma equipa do Leganés que Dmitrovic defendeu numa primeira parte brilhante. Em condições normais o Celta não teria empatado aos 86 minutos e muito menos o Betis aos 94. E tudo o que correu bem ao Barça de Flick no primeiro terço do campeonato agora corre mal…
Derrotados por Real Sociedad, Las Palmas e Leganés, somaram 5 dos últimos 18 pontos da Liga, agravando a sequência de resultados que provocou a demissão de Ronald Koeman (7 pontos) e igualando (uma vitória, dois empates e três derrotas). ) a partir do início do curso 2020-21.
Ninguém, claro, questiona a permanência de Flick mas, claro, há dúvidas razoáveis e perguntas sem respostas aparentes para compreender o motivo da mudança, tanto para pior, deste Barça cuja vitória em Maiorca parece apenas uma exceção.
Sete gols ao Valladolid, cinco ao Sevilha, quatro ao Girona, cinco ao Villarreal, três ao Vitória ou quatro ao Bernabéu. Imparável, feroz e magnífico, o surpreendente início de temporada do Barça provocou tantos elogios ao compromisso ambicioso, arriscado e indisfarçado de Hansi Flick que parecia uma aparição milagrosa.
Excesso de elogios, o meio ambiente, jornalístico, futebolístico e torcedor, parecia descobrir algo nunca antes visto. Sem vestígios de ADN e sem qualquer preocupação, o treinador alemão impôs uma filosofia tão nova que nem sequer era lembrada no clube. E não é pouca coisa notar isso porque desde antes de Johan Cruyff chegar ao banco (1988) um time do Barça não se via tão mal desenvolvido em seu jogo.
Pode-se dizer que aconteceu, com muitas nuances, na era Luis Enrique mas aquela equipa, reconhecida pelo próprio treinador asturiano, estava condicionada pela presença de Messi, Suárez e Neymar e foi um Barça em que assumiram o papel protagonista.
Fonte: ESPN Deportes