Mãe perde quatro pessoas da família em 16 anos para o mesmo câncer


O drama de Claire Cordiner, moradora de Edimburgo, na Escócia, começou em 2008, quando sua mãe, Margaret O’Kane, faleceu aos 67 anos, vítima de um tumor cerebral agressivo. A dor se repetiu no ano seguinte, com a morte de sua irmã mais nova, Angie Jones, de 36 anos. Mas o destino parecia ter mais provações para a família. Em 2023, Max, filho de Angie, morreu aos 19 anos, levando Claire a reviver a tragédia de perder alguém para a mesma doença. E em 2024, foi a vez de seu primo, David McCulloch, partir aos 56 anos.

De acordo com o tabloide britânico Mirror, foram quatro perdas devastadoras em apenas 16 anos, todas para tumores cerebrais, um tipo de câncer que, segundo especialistas, mata mais pessoas abaixo dos 40 anos do que qualquer outra forma da doença. Agora, Claire usa sua história para alertar sobre os perigos da condição e arrecadar fundos para pesquisas que possam evitar que outras famílias enfrentem o mesmo sofrimento.

Uma sequência de tragédias familiares

A jornada de Claire contra a doença começou quando sua mãe, Margaret, começou a apresentar dificuldades na fala. Inicialmente, os médicos suspeitaram de um pequeno derrame, mas, em poucas semanas, os sintomas pioraram. “Ela ficou incoerente e meu pai a levou ao hospital. Sua visão também estava falhando, mas ela pensou que era apenas a idade”, relembra Claire.

Após exames, veio o diagnóstico devastador: dois tumores cerebrais, um na parte frontal e outro na base do cérebro. Mesmo com radioterapia e cirurgia, os médicos deram a Margaret menos de um ano de vida. “Foi devastador, mas ela simplesmente aceitou. Ela era esse tipo de pessoa”, diz Claire.

Margaret passou seus últimos meses em casa, cercada pelos 12 filhos e pelos netos que tanto amava. “O Natal e as ocasiões especiais eram tudo para ela. Ela cozinhava para mais de 25 pessoas e ficava feliz quando alimentava todo mundo”, recorda Claire, emocionada.

Mas a tristeza estava longe de acabar. No ano seguinte, sua irmã Angie começou a sentir dores de cabeça e espasmos nos braços e pernas durante a gravidez. Seis meses após o nascimento de Max, veio o diagnóstico: um tumor cerebral.

O impacto da doença em gerações

“Minha irmã optou por não fazer o tratamento de imediato porque queria ter outro filho”, conta Claire. Mais tarde, Angie iniciou sessões de quimioterapia e radioterapia, vivendo com o câncer por cinco anos. Mas a doença avançou, e os médicos não puderam mais ajudá-la. Ela faleceu em dezembro de 2009. “Ela nunca deixou a doença defini-la. Era cheia de vida, amava dançar e sempre levava tudo na esportiva. ‘Dancing Queen’ foi sua música no funeral”, relembra Claire.

Angie não viveu para ver seu filho Max crescer, e a tragédia voltaria a assombrar a família anos depois. Em 2022, ao se aproximar de seu 18º aniversário, Max começou a sentir fortes dores de cabeça e nas pernas. O diagnóstico veio como um pesadelo repetido: um tumor cerebral. “Acho que ele sabia o que seria”, diz Claire. Max passou por tratamentos intensos e uma cirurgia, mas a doença avançou rapidamente. “Ele foi para um hospital e tinha um grupo incrível de amigos que o visitavam todos os dias. Ele era apaixonado por futebol, e até jogadores do Celtic foram vê-lo.”

Max faleceu em julho de 2023, apenas uma semana após completar 19 anos. Seu pai, Kevin, perdeu tanto a esposa quanto o filho para a mesma doença. “Foi devastador para Kevin, mas, assim como sua mãe, Max aceitou. Ele era muito forte”, afirma Claire. Os amigos do jovem continuam arrecadando fundos para o hospital em sua homenagem.

A última perda e a luta por respostas

Pouco tempo depois da morte de Max, Claire e sua família sofreram mais um golpe: a perda de seu primo David, de 56 anos, em fevereiro de 2024.

David começou a ter espasmos nas mãos em 2018, mas os médicos inicialmente diagnosticaram como um derrame. Seis meses depois, foi revelado que ele, na verdade, tinha um tumor cerebral inoperável. Com o tempo, a doença o deixou debilitado, impossibilitando-o de se comunicar e se mover livremente. “Ele era um verdadeiro homem de família, dedicava-se aos filhos e adorava sair nos fins de semana com a família”, lembra Claire.

Com tantas perdas em sua família, Claire teme que os tumores cerebrais possam ser hereditários, mas sem mais pesquisas, não há como ter certeza. Desde 2016, ela tem arrecadado fundos para a Brain Tumor Research, organização que apoia estudos sobre a doença. “Cada vez que sinto uma dor de cabeça, penso: será que é o começo?”, confessa Claire. “Me preocupo com meus filhos, meus irmãos e meus sobrinhos. Os tumores cerebrais devastaram completamente nossa família.”

A última perda e a luta por respostas

Pouco tempo depois da morte de Max, Claire e sua família sofreram mais um golpe: a perda de seu primo David, de 56 anos, em fevereiro de 2024.

David começou a ter espasmos nas mãos em 2018, mas os médicos inicialmente diagnosticaram como um derrame. Seis meses depois, foi revelado que ele, na verdade, tinha um tumor cerebral inoperável. Com o tempo, a doença o deixou debilitado, impossibilitando-o de se comunicar e se mover livremente. “Ele era um verdadeiro homem de família, dedicava-se aos filhos e adorava sair nos fins de semana com a família”, lembra Claire.

Com tantas perdas em sua família, Claire teme que os tumores cerebrais possam ser hereditários, mas sem mais pesquisas, não há como ter certeza. Desde 2016, ela tem arrecadado fundos para a Brain Tumor Research, organização que apoia estudos sobre a doença. “Cada vez que sinto uma dor de cabeça, penso: será que é o começo?”, confessa Claire. “Me preocupo com meus filhos, meus irmãos e meus sobrinhos. Os tumores cerebrais devastaram completamente nossa família.”



Fonte: TNH1