À reportagem, Simão afirmou que formou a chapa com a intenção de não assumir a prefeitura caso Gabriella fosse eleita. Ele ressaltou que ninguém foi enganado com seu anúncio recente. Além disso, declarou que, mesmo que Gabriella perdesse a eleição na capital, ele planejava renunciar para concorrer à eleição legislativa estadual em 2026.
Esse era o plano B, caso Gabriella vencesse. Como ela foi eleita, essa vaga será aberta, e não posso perder essa oportunidade. Todos os meus aliados políticos no município já estavam cientes dessa possibilidade, assim como a população. Em nenhum momento houve engano.
Simão Pedro (PSD)
Simão foi eleito em 6 de outubro com 8.287 votos (58,41% dos votos válidos), derrotando Luhanna Urya (PP), sua única adversária no município, que tem 21 mil habitantes e está localizado a 345 km ao sul de Fortaleza.
A coligação liderada por Simão e Tereza contava com mais cinco partidos: PSB, PDT, PL e a federação PSDB/Cidadania. Para se eleger, ele gastou R$ 297.708,69.
O advogado Gustavo Ferreira, especialista em direito eleitoral, vê a possibilidade de uma ação contra o prefeito eleito.
É evidente que ninguém é obrigado a permanecer no mandato, pois a renúncia é um ato unilateral. O que deve ser discutido é se ele já tinha planejado essa possibilidade de renunciar, caso fosse eleito, para que sua mãe assumisse o cargo. Isso poderia configurar uma eventual fraude eleitoral. Caberia uma ação de impugnação de mandato eletivo para debater o assunto.
Gustavo Ferreira, advogado