Música e poesia são destaque na abertura da FliPenedo 2025

Do início ao fim, a noite de abertura da 4ª edição da Festa Literária de Penedo presenteou o público com música e poesia.

Antes mesmo da solenidade oficial realizada nesta quarta-feira, 09, no Theatro Sete de Setembro, as expressões artísticas ecoavam no Centro Histórico da Cidade dos Sobrados. 

E quem abriu a FliPenedo foi a cantora, compositora e multi-instrumentista Ana Gal. Com sua arte, ela passeou entre as pessoas que visitavam a feira de livros, convidando o público para entrar no centenário teatro. 

No palco, Ana Gal apresentou canções de sua autoria e de artistas do nível de Djavan, Édith Piaf, Tom Jobim e Vinícius de Moraes, encerrando sua participação sob aplausos. 

A programação artística da cerimônia também incluiu poesia, com três vozes declamando na primeira noite da FliPenedo 2025.

A descoberta do gênero literário salvou José Roberto Lemos da depressão, como disse antes de recitar suas composições. Nascido em Penedo, ele é mais conhecido como Dão Pedu, personagem inspirado no monarca que esteve por aqui em 1859, durante expedição às cachoeiras de Paulo Afonso-BA.

Autor de uma homenagem a Penedo, escrita com palavras iniciadas com a letra P, Roberto conta que fez o texto durante uma noite de insônia.

“Tem talvez mais ou menos um ano e eu até brinco que não ainda existia ChatGPT, pelo menos da forma atual”, revela, reafirmando a transformação que a poesia fez em sua vida. “Eu estou em tratamento, mas foi justamente isso que me libertou e a FliPenedo foi o primeiro convite que recebi para me apresentar. Espero que esta seja a primeira de muitas oportunidades”.

Quem também estreou na festa literária foi Giovanna Luneta, maceioense que escreve desde a adolescência. Aos 24 anos, ela inscreveu um projeto literário na Lei Paulo Gustavo de incentivo à cultura e conseguiu publicar no ano passado seu primeiro livro, O Sol Vem Depois.

“Eu escrevo desde os 13 anos e, pra mim, isso é espontâneo. Eu escrevo sobre tudo, alegria, tristeza, desejo, felicidade”, disse a autora que ficou encantada por Penedo.

“Fiquei apaixonada pela cidade. Meus pais já conheciam, eu acho até que vim quando era mais nova, mas agora eu quero voltar e vir mais vezes. Adorei!”, declarou Giovana. Quem conhece Penedo há bastante tempo e está cada vez mais entusiasmado por Penedo é o ator, diretor, escritor e poeta Chico de Assis.

Mestre de cerimônia da FliPenedo, ele também declamou na noite de abertura, começando com o texto Algo Belo e Alto, escrito por Edvaldo Damião, jornalista natural de Palmeira dos Índios já falecido. 

Em seguida, Chico recitou o Lírio, composição do penedense Sabino Romariz, autor homenageado na 1ª FliPenedo, inclusive com lançamento do livro inédito que reuniu todas as poesias que Sabino produziu.

Por fim, Chico recorreu a Jorge de Lima para enaltecer o legado de Cacá Diegues, cineasta alagoano em destaque na festa literária que encerrou sua primeira noite com show do músico penedense Francis Batista.

Ele se apresentou no palco instalado no Largo São Gonçalo, onde todos os artistas encerram a programação da festa e mesmo local do show de Lenine na noite de sábado, 12, data em que Penedo comemora 389 anos da elevação do então povoado ribeirinho à condição de vila.

Texto Fernando Vinícius

Fotos Kamylla Feitosa