A resistência da Presidente Dilma Rousseff contra o processo de impedimento que tramita no Congresso Nacional foi enaltecida pelo Vereador Jorge Seixas. Maior expoente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Penedo, o parlamentar destacou nesta quinta-feira, 28, a luta da companheira petista que sobreviveu inclusive às torturas praticadas pelo regime militar.
“Nem Getúlio Vargas e nem Jango aguentaram o que a Presidenta Dilma está passando”, comparou Jorginho, citando dois ex-presidentes do Brasil. Vargas preferiu tirar a própria vida ‘para sair da política e entrar para a História’, como descreveu em sua carta de despedida. João Goulart sofreu revés semelhante ao quadro atual, com o cargo de presidente que ele ocupava declarado vago na Câmara de Deputados durante viagem do então presidente Jango à China, um dos capítulos que antecedem o início do regime militar no Brasil.
Sem crime de responsabilidade cometido que justifique sequer a abertura do processo, Dilma Rousseff resiste e não renuncia ao cargo, como fez Fernando Collor. Para comprovar que tudo se trata de um ‘golpe institucional’, Jorginho Seixas recomenda assistir a entrevista do Presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, ao programa Roda Viva (TV Cultura).
No bate-papo com jornalistas em meados de 2015 e disponível no You Tube, Cunha afirma que o impeachment é golpe. Ainda sobre o tema, Seixas classifica como “sucateamento moral” o comportamento de muitos políticos durante o “circo de horrores”, como se referiu à votação que aprovou a aceitação do processo contra Dilma na Câmara Federal.
Jorge Seixas também abordou o que chama de “inversão de valores”, referindo-se à omissão das famílias em relação a educação dos filhos. A obrigação que vem do lar está sendo passada para as escolas quando a missão dos professores é lecionar e também contribuir para a formação do senso crítico dos estudantes, fomentando debates em sala de aula, o que pode ser censurado com o Projeto Escola Livre, conforme analisou a proposta apoiada por maioria dos deputados alagoanos.
Jorge Seixas criticou também a intolerância vista em meio às discussões de diferentes correntes políticas, situação que desencadeia mais violência. O Vereador solicitou ainda envio de telegrama de condolências à família do jovem ‘Adriano do Nudepe’ e a inclusão na pauta da próxima sessão ordinária da CMP do Projeto de Lei sobre o Conselho Municipal de Cultura.
Assessoria Câmara